segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Filosofia 3º ano 2020 - 1ª Atividade do 4º Período

 EEM Monsenhor Antônio Feitosa - Missão Velha - CE (20 CREDE)


A Ciência – O que é ciência – do método às leis científicas, pág.364 a 367





Como funciona o método científico. E por que ele é diferente de opinião

Composição do conhecimento passa por etapas rigorosas e depende de evidências

Nos anos recentes, um movimento anticientífico despertou a atenção do mundo todo, com questionamentos sobre a eficácia das vacinas e até teorias conspiratórias que afirmam que a Terra, na verdade, seria plana.

Uma pesquisa de 2019, feita pelo centro americano Pew Research, apontou que 14% dos americanos não possuem nenhum tipo de confiança nas descobertas científicas.

Já no Brasil, 4% da população acredita que a ciência traz mais malefícios do que benefícios ou então só malefícios. O dado foi levantado em 2019 pela Pesquisa de Percepção da Ciência e Tecnologia, realizada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, subordinado ao Ministério da Ciência e da Tecnologia.

Além daqueles que negam a ciência, há também um grupo de pessoas que acredita que descobertas científicas são uma mera questão de opinião.

“De repente as ideias científicas se tornaram crenças. O juízo de que itens factuais podem ser reduzidos a meras opiniões pessoais sobre aquecimento global e outros assuntos mostra que a coisa caminhou mal”, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo o psicólogo americano Stuart Vyse, escritor e membro do Comitê para a Investigação Cética da Associação Americana de Psicologia.

Com a pandemia do novo coronavírus, holofotes do mundo todo se voltaram para cientistas, que buscam um maior entendimento da estrutura do vírus e tentam desenvolver uma cura e uma vacina.

Os passos do método científico

O método científico é a principal ferramenta que os cientistas possuem para desenvolver o conhecimento. Apesar de poder variar dependendo da área de estudo, o método científico possui uma estrutura básica, seguida nos mais diversos corpos de conhecimento.

Com origem que remete ao século XVII, o método científico se baseia no ceticismo, na observação e na experimentação para se formular conclusões. O Nexo apresenta quais são os passos do método:

01. A pergunta

Tudo começa com a definição de um problema ou pergunta. Para este cenário, vamos imaginar que um cientista instalou duas garras robóticas numa câmara de vácuo, com as duas sincronizadas e posicionadas na exata mesma altura.

Uma das garras segura uma bolinha de papel amassado, enquanto a outra segura uma bola de boliche. O cientista quer saber qual dos dois objetos vai atingir o solo primeiro.

02. A hipótese

A hipótese é o segundo passo do método científico. Ela é o que os cientistas acham que vai acontecer. No cenário da queda das bolas, vamos imaginar que o cientista em questão acredita que a bola de boliche vai atingir o solo primeiro, afinal, ela é bem mais pesada que a bolinha de papel.

03. Os experimentos

A experimentação é o terceiro passo do método científico. É ele quem vai dar aos cientistas as informações necessárias para saber se a hipótese estava ou não correta.

Voltemos ao nosso cientista imaginário e às bolas. Imagine que as garras robóticas estão prontas e vão soltar os dois objetos ao mesmo tempo. O botão foi acionado e as bolas despencam em queda livre. Elas, porém, atingem o solo exatamente ao mesmo tempo. Ele repete o experimento mais algumas vezes, obtendo sempre o mesmo resultado.

04. A conclusão

Com as bolas atingindo o solo ao mesmo tempo, a hipótese do cientista não se concretizou, mostrando-se equivocada.

Guiado por seu ceticismo, o cientista quer realizar um novo experimento. Não numa câmara de vácuo, e sim, na Lua, que tem cerca de 20% da gravidade da Terra.

Sabendo que um foguete irá para o satélite em breve, ele dá aos astronautas da missão uma pena e um martelo. Pede que os dois objetos sejam soltos ao mesmo tempo – ele sustenta a hipótese de que o item mais pesado chegará ao solo primeiro. O teste é realizado na Lua, e a pena e o martelo atingem o solo exatamente ao mesmo tempo.

O cientista procura explicações para entender por que suas hipóteses estavam erradas. Ele então descobre que o efeito da aceleração da gravidade é sempre igual em corpos jogados de uma mesma altura, independentemente da massa e do material de cada um deles.

Essa constatação, então, torna-se a conclusão do cientista, que agora sabe que, no vácuo, corpos em queda livre, quaisquer que sejam seus pesos, sentirão o mesmo efeito de aceleração causado pela gravidade independentemente de qual ela seja.

05. Refinando resultados

Apesar dos experimentos do cientista já apresentarem dados interessantes, também é possível se fazer novos testes para refinar ainda mais os resultados.

O cientista poderia, por exemplo, usar uma câmera de alta velocidade para saber como os dois objetos reagem ao impacto da queda. Nesse processo ele também poderia atingir resultados não previstos, como, por exemplo, uma carga estática que poderia fazer com que a bolinha de papel sofresse uma leve desaceleração nos últimos milímetros da queda.

A refinação de resultados é muito importante, principalmente em experimentos mais complexos e que precisam de absoluta precisão, como o teste de um remédio.

Os pesquisadores que estão testando uma determinada substância contra o novo coronavírus precisam saber, por exemplo: 1) se a fórmula surte efeito; 2) qual é a dosagem necessária; 3) quais os efeitos colaterais; 4) com qual frequência e intensidade esses efeitos colaterais aparecem; 5) como o remédio reage em diferentes biotipos e 6) como ele interage com outros remédios. Cada uma dessas perguntas gera hipóteses, experimentos e conclusões, com o ciclo se repetindo quantas vezes forem necessárias.

Um grande número de testes é essencial no processo de refinação de resultados. No caso dos remédios, por exemplo, quanto maior o número, mais certeza se tem de que resultados individuais não geraram falsos positivos – cenários nos quais a hipótese se confirma, mas não em larga escala.

O caminho para a publicação de um estudo

O trabalho não acabou, mesmo após todos os passos do método científico. Depois de todo esse caminho, o cientista registra suas descobertas em um relatório, o artigo científico.

Os artigos científicos possuem regras próprias – que vão da formatação à organização das referências teóricas – e são publicados em revistas científicas, publicações que abraçam os mais diversos temas e abordagens do conhecimento.

Antes de serem publicados, os artigos passam pela revisão por pares, um processo no qual especialistas naquela determinada área checam a solidez do estudo, dos experimentos e das conclusões obtidas.

Existem revistas científicas com mais e menos credibilidade. Isso é medido por meio do fator de impacto, um número calculado a partir de quantas vezes artigos daquela determinada publicação foram citados em outros estudos. Quanto maior o número, maior a credibilidade.

Teorias, hipóteses e leis

Uma confusão comum no campo científico envolve as palavras “teoria” e “hipótese”.

A hipótese é aquilo que o cientista formula no início do método, quando infere um resultado possível que será confirmado ou descartado após a realização do experimento.

Mesmo após a publicação de um estudo sobre determinado tema, hipóteses podem ser descartadas com a realização de mais experimentos, realizados com o uso de tecnologias que não estavam disponíveis anteriormente.

Já as teorias – como a Teoria da Evolução e a Teoria da Relatividade – são conclusões que foram testadas repetidas vezes e replicadas, se tornando amplamente aceitas dentro da comunidade científica. Há também as leis, que se tornaram amplamente aceitas após repetidos testes.

No caso do cientista e das bolas, a conclusão pode ser explicada a partir da lei da queda dos corpos, originalmente descoberta pelo italiano Galileu Galilei (1564-1642).

A lei da queda dos corpos demonstra que, no vácuo, o efeito da aceleração da gravidade nos corpos em queda livre será o mesmo. Porém, ela não explica por que isso acontece ou o que é a gravidade.

Por outro lado, a Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein, publicada em 1915, explica que a gravidade é resultado de uma curvatura no tecido do espaço-tempo.

Correlação ou causalidade?

Outra confusão comum é entre as palavras “correlação” e “causalidade”.

A correlação envolve um fator comum entre dois fenômenos, enquanto a causalidade apresenta um fenômeno que é resultado direto de um outro, numa relação de causa e efeito.

Em 1999, a Universidade da Pensilvânia, nos EUA, realizou um estudo que sugeriu que crianças que dormiam com as luzes do quarto acesas tinham uma tendência maior a desenvolver miopia.

Um ano depois, a Universidade de Ohio realizou um novo estudo no qual descobriu que crianças com pais míopes tinham mais chances de desenvolver miopia e que havia uma tendência nesses pais em deixar as luzes do quarto acesas quando colocavam os filhos para dormir.

Nesse caso, havia uma correlação entre dormir com as luzes acesas e desenvolver miopia, mas não uma causalidade entre as duas coisas.

Fatos vs. opiniões

“Fatos são fatos. Eles podem ter implicações boas e ruins, mas ainda são fatos. Infelizmente estamos numa situação em que, quando os fatos não são benéficos para um determinado grupo, uma das suas táticas passa a ser atacar a pessoa que fornece os dados, minando sua reputação”, afirmou o psicólogo Stuart Vyse à Folha de S.Paulo.

Em fevereiro de 2020, o engenheiro Benedito Aguiar Guimarães Neto foi nomeado presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), agência de fomento à pesquisa ligada ao Ministério da Educação.

Guimarães Neto causou controvérsia quando foi nomeado por ser partidário da linha de pensamento do “design inteligente”, que defende que a evolução das espécies só pode ser explicada por intermédio de um ser superior.

A ideia do “design inteligente” vai na contramão da comunidade científica mundial, já que a evolução das espécies explicada pelo acaso, como mostra a Teoria da Evolução de Charles Darwin, é um consenso.

“Afirmações extraordinárias necessitam de evidências extraordinárias”, afirmou o astrônomo americano Carl Sagan no livro “O mundo assombrado por demônios” (1996).

O método científico trabalha com repetidos experimentos, com a refinação de resultados e um rigoroso processo de revisão. A dicotomia entre a Teoria da Evolução e o design inteligente se apresenta como algo que depende da opinião de cada um, quando, na verdade, a questão se resume a uma abundância de evidências e uma afirmação sem nenhum tipo de embasamento concreto.

Fonte: Nexo Jornal

Fonte: http://energiainteligenteufjf.com.br/como-funciona/como-funciona-o-metodo-cientifico-e-por-que-ele-e-diferente-de-opiniao/   em 09 de novembro de 2020 às 08:33.


Ciência na história – a razão científica através do tempo, pág. 367 a 371


História da Ciência: dos Filósofos da Natureza à Era Moderna


A ciência tem seu início antes de qualquer narração histórica, pois quando os primeiros habitantes criaram técnicas para caçar, colher seu alimento, fazer o fogo e fazer suas casas já estavam criando técnicas. Ou outras palavras: estavam fazendo ciência.

Ao longo do tempo surgiram estudiosos dedicados à observação da natureza e para a compreensão dos fenômenos observáveis. Nascia a Ciência como a conhecemos hoje.

O que é Ciência?

Mas, o que é ciência? Ciência é o conjunto de conhecimentos empíricos e teóricos sobre a natureza elaborados a partir da observação, descrição, explicação e previsão. A base da ciência, portanto, é a experiência, e após a repetição da ação investigada, faz-se a descrição da ação, têm-se a explicação do evento e a previsão futura do mesmo.

Mas quais são os registros mais antigos da ciência que temos hoje? Os relatos mais antigos são dos filósofos pré-socráticos ou filósofos da natureza (physis).

ciência

O nome dos pioneiros está por todos os livros. Você já ouviu falar ou já leu sobre O Princípio de Arquimedes, o Teorema de Pitágoras, Tales de Mileto, e os primeiros estudiosos sobre o átomo, que foram os gregos Leucipo e Demócrito.

Esses filósofos da antiguidade clássica, principalmente na Grécia, romperam com as explicações míticas sobre a origem do homem, do mundo e do universo e começaram a buscar na própria natureza elemento ou elementos que seriam a arché, ou seja, a substância que originaria tudo.

Os Filósofos da Natureza

Confira com o professor Alan, do canal Curso Enem Gratuito, a origem do pensamento e da sistematização que gerou a filosofia da ciência.

Gostou do resumo? Muito show, mesmo. Agora,vamos estudar Arquimedes.

Arquimedes de Siracusa

Ele viveu de 272 a.C  até 212 a.C. – Foi um gênio. Criou o Princípio da Alavanca, e cunhou a frase que até hoje está nos livros escolares: Me dê uma alavanca e um ponto de apoio que moverei o mundo.

Ele também descobriu o Princípio de Arquimedes, que explica porque alguns corpos flutuam e outros afundam quando colocados na água. É a Lei do Empuxo.

Além disso, Arquimedes foi um matemático brilhante, resolvendo temas que até aquela época eram dados como desconhecidos, com os cálculos envolvendo os círculos e as esferas.

Nada por escrito nos Pré-Socráticos

Cabe ressaltar neste momento, que os filósofos pré-socráticos não deixaram nada escrito, tudo que soubemos deles foram citações e fragmentos de seus pensamentos encontrados nos textos de outros filósofos posteriores.

Após os filósofos pré-socráticos temos o próprio Sócrates, Platão e Aristóteles, formando com esses três pensadores o pensamento antigo do Ocidente. Com Sócrates e Platão podemos destacar a busca de um método, isto é, ambos procuram através de seus métodos mostrarem que há um caminho para se chegar ao conhecimento verdadeiro e seguro.

Quem foi Sócrates?


Um dos maiores filósofos de todos os tempos, ele nasceu em Atenas por volta do ano de 469 a.C. e morreu no ano de 399 a.C. Foi condenado à morte por corromper a juventude, introduzir outros deuses à cultura grega, e de defender a liberdade (e verdade) do pensamento.

Sócrates podia ter fugido de sua condenação, tomar um cálice de veneno chamado cicuta, porque seus discípulos queriam que ele fosse para outra cidade, mas ele recusou, pois queria morrer pela verdade e se ele fugisse estaria negando toda sua filosofia. 

Ele não deixou escritos. Tudo o que soubemos deles foi escrito por seu discípulo Platão. Sócrates era filho de uma parteira chamada Fenareta e de um escultor chamado Sofronisco. A profissão de seus pais influenciou sua atitude filosófica.

Sócrates

Sócrates não se interessou pela filosofia da natureza, ou da physis, mas seu ponto de partida foi o próprio ser humano. Para Sócrates todas as pessoas traziam dentro de si o conhecimento, assim como para o seu pai, a obra de arte já estava dentro do bloco de pedra, apenas lapidava para tirar de dentro o objeto.

Este método de Sócrates ficou conhecido como Ironia e maiêutica. Você já ouviu falar deste método socrático? Foi uma ruptura na filosofia. Esta circunstância entrou para a história da ciência como uma disputa entre Sócrates e os filósofos Sofistas.

Sócrates e os Sofistas

Veja no resumo simples e rápido do canal Curso Enem Gratuito como Sócrates refinou a arte do pensamento, em oposição ao que faziam os filósofos Sofistas. Confira para você compreender “O Método Socrático”:

Muito bom este resumo.

Veja o pensamento de AristótelesCom Aristóteles temos uma teoria partindo do campo da observação que ele chamou de evidência. Vamos exemplificar para entender melhor. O seu famoso silogismo: Todo Homem é mortal.

Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal”. Esse tipo de raciocínio que é fruto de uma observação que inclui um caráter universal. Para se chegar ao “todo” Aristóteles observou que até o momento ninguém sobreviveu mais do que um certo tempo, sendo que Sócrates é um humano como qualquer outro, ele, portanto, também terá seu fim enquanto ser mortal.

Aula gratuita sobre Aristóteles

O filósofo grego viveu entre 384 a.C.  e 322 a.C. – Ele é considerado a pedra fundamental da sistematização científica e do pensamento filosófico. Fundou escolas onde os membros estudavam o movimento dos animais, faziam dissecações para conhecer as estruturas internas, investigavam o espaço e o movimento dos astros.

Veja aula gratuita sobre o pensamento essencial de Aristóteles. É básico no caminho da Filosofia. Veja:

Aristóteles foi o primeiro filósofo a trabalhar um método de pensamento baseado na lógica, e que gerou o Método Dedutivo.

Leucipo e Demócrito

Estes dois pensadores viveram em Adbdera, na Grécia, no século V antes de Cristo, e foram os primeiros a formular as hipóteses sobre a natureza da matéria, chegando à proposta da menor unidade divisível que seria o Átomo. Entraram para a história da Ciência como os pais do primeiro Modelo Atômico.

Pitágoras de Samos

O grande matemático viveu de 570 a.C a 495 a.C. Ele foi um matemático que liderou um grupo de pensadores da época dedicados a descobrir a harmonia do universo através dos números. A conquista mais conhecida do grupo é o Teorema de Pitágoras: a soma do quadrado dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.

Tales de Mileto

Um século antes de Pitágoras estabelecer o seu Teorema sobre o Triângulo Retângulo, viveu na Grécia o filósofo e matemático Tales de Mileto (624 a.C – 546 a.C.). Ele foi pioneiro nas formulações da Geometria, e criou o Teorema de Tales, vigente desde então como um fundamento matemático.Tales estabeleceu que  quando duas retas transversais cortam um feixe de retas paralelas, que as medidas dos segmentos delimitados nas transversais são proporcionais. Veja na imagem:

Outras descobertas de Tales de Mileto foram as seguintes:

  • Os ângulos da base dos Triângulos Isósceles são iguais;
  • O Diâmetro divide um círculo em duas partes iguais;
  • Ao ligar qualquer ponto de uma circunferência aos extremos de um diâmetro AB obtém-se um Triângulo Retângulo em C. Provavelmente, para demonstrar este teorema, Tales usou também o fato de que a soma dos ângulos de um triângulo é igual a dois ângulos retos;
  • Se duas retas se cortam, os ângulos opostos pelo vértice são iguais. (fonte)

Agora, vamos dar um grande salto na história e vamos par os tempos do Renascimento na Europa.

A revolução das Ciências após a Idade Média

Na Idade Média a ciência passou por dois momentos. Uma de retenção e outro de mudanças e renovação. No primeiro momento, com a submissão da razão a fé, a ciência foi usada apenas para este fim. Por isso, que de início a ciência não teve progresso.

Já no segundo momento, tempo depois, já com a influência árabe a ciência clássica ganha espaço. Com a expansão da escolástica, período que começou a criar escolas e universidades, toda Europa passou a dar início a uma realidade científica, por isso que neste momento a mudança eram as escolas e universidades que passaram ser local do conhecimento e um “laboratório” da própria ciência.

Deste período até Galileu temos uma grande mudança que começa da dar passos para a grande mudança que ocorrera mais tarde, a Revolução Copernicana, ou seja, a mudança de geocentrismo para o heliocentrismo, o centro do Universo não é mais a Terra e sim o Sol e os demais corpos se movimentos em torno dele.

A evolução da matemática e a invenção do telescópio foram componentes fundamentais para esta revolução.

Nicolau Copérnico e A Terra em torno do Sol

Ele nasceu e viveu na Polônia entre 1473 e 1543, e foi um destaque na sua geração nos estudos da matemática e da astronomia. Ele desenvolveu a teoria Heliocêntrica no início do século XVI, defendendo que o Sol era o centro do Sistema Solar, e não a terra, como se pensava anteriormente.

A teoria anterior, que era Geocêntrica, com a terra no centro, estava vigente faziam mais de mil anos. A proposta de Alexandria Ptolomeu (90-168 d.C) estabelecia que a Terra estava fixa o centro do universo, e que tudo girava em torno dela.

Johannes Kepler – A mecânica celeste

Um personagem essencial para a revolução da Ciência após a Idade Média foi o matemático alemão Johannes Kepler (1571 – 1630).  Ele partiu do modelo de Nicolau Copérnico, aperfeiçoou os cálculos, e desenvolveu as equações que estabeleceram a órbita elíptica dos astros. O resultado dos trabalhos de Kepler  se estabeleceram na ciência como As Leis de Kepler.

Giordano Bruno morreu queimado na fogueira

Até aquela época o conceito dominante era de que a terra era  centro do universo. A Igreja Católica partilhava desta posição e combatia ferozmente quem argumentasse ou tentasse provar o contrário.
O frade e matemático italiano Giordano Bruno (1548 – 1600), por exemplo, morreu queimado na fogueira católica porque defendeu que a Terra é que girava ao redor do Sol. Em Roma, no mesmo local onde ele foi queimado, há hoje uma estátua em homenagem a Giordano Bruno.

Galileu Galilei, o primeiro físico da História da Ciência

Galileu Galilei (1564 – 1642) foi um dos maiores físicos, astrônomos e matemáticos da história da ciência. Ele ainda teve uma participação essencial para o Renascimento e na revolução científica no século XVII. O italiano reconheceu que o principal papel dos cientistas não eram explicar os fenômenos, mas descrevê-los.

Assim, seus estudos do movimento de projéteis, queda livre e também na astronomia serviram como base para o desenvolvimento da Física Clássica. Em 1609 ele toma conhecimento sobre as lunetas pioneiras, e aperfeiçoa o modelo até conseguir uma expansão de 30 vezes na observação dos astros.

Em seguida, em março de 1610 ele publica um livreto de 24 páginas descrevendo as observações feitas por ele com um telescópio sobre os movimentos da Lua, das estrelas, e das luas de Júpiter.
O rigor metodológico de Galileu, o seu livreto, e as descobertas com o telescópio provocaram o colapso da visão de mundo de que a Terra era o centro do Universo.

Era o fim do modelo Ptolomaico e a consagração do modelo de Nicolau Copérnico para o entendimento da configuração do Sistema Solar.

Se a física grega era empírica, com Galileu também era, só que agora com um conjunto de instrumentos que maximizavam o poder dos sentidos, como uso do telescópio, por exemplo. No entanto, Galileu foi censurado e enclausurado até sua morte pela Igreja Católica após conseguir demonstrar através de evidências que a Terra é que girava ao redor do Sol. Somente quatro séculos depois

Isaac Newton

Galileu abriu caminho para outros gigantes como Isaac Newton (1643 – 1727), um dos físicos mais conhecidos da história da física, e não é por menos!

Foi por meio das Leis de Newton e da Lei da Gravitação Universal que ele conseguiu explicar que os corpos não seguiam caminhos determinados por formas naturais. E mais, mostrou que a trajetória desses corpos podem ser observadas e deduzidas matematicamente, desde que, se conheça o tipo de movimento, a massa do objetivo e as forças que atuam sobre ele.

Resumo

A história da ciência é a história do conhecimento. Tem seu início com os pré-socráticos na busca da arché, depois com os gregos na busca do próprio método para se chegar à verdade e Aristóteles que dá inicio a observação e é grande elemento para a ciência. Já na Idade Média a ciência passa a ser disseminada através das escolas a universidade.

Chegando a Galileu com sua contribuição da Luneta que contribuiu muito para a observação e, após Galileu, a ciência passou a ser um setor autônomo.

Referência

https://historiamos.com/2016/03/27/pensamento-cientifico-galileu/ Acessado em 26 de março de 2017.


Fonte: https://blogdoenem.com.br/ciencia-filosofia-enem/#Resumo  Acesso em 09 de novembro de 2020 às 09:40.


Epistemologia – a investigação filosófica das ciências, pág. 372 a 375

Epistemologia (do grego ἐπιστήμη, transl. episteme: conhecimento certo, ciência;[1] λόγος, transl. logos: discurso, estudo), em sentido estrito, refere-se ao ramo da filosofia que se ocupa do conhecimento científico; é o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das diversas ciências, com a finalidade de determinar seus fundamentos lógicos, seu valor e sua importância objetiva.[2] Em uma acepção mais restrita, a epistemologia pode ser identificada com a filosofia da ciência.

O termo "epistemologia", cunhado pelo filósofo escocês James Frederick Ferrier (1808 – 1864),[3] refere-se especificamente à parte da gnosiologia que estuda os requisitos e condições necessários à produção do conhecimento científico, incluindo os fundamentos, a validade, a consistência lógica das teorias e os limites desse conhecimento.[4] Mais recentemente, entretanto, o conceito passou a ser usado, em sentido amplo, como sinônimo de gnosiologia ou teoria do conhecimento - disciplina que se ocupa do estudo do conhecimento humano em geral.[5][6][7]

A epistemologia relaciona-se também com a metafísica. Seu escopo compreende a questão da possibilidade do conhecimento - nomeadamente, se é possível ao ser humano retratar o conhecimento total e genuíno - dos seus limites (haveria realmente uma distinção entre o mundo cognoscível e o mundo incognoscível?) e de sua origem (por quais faculdades atingimos o conhecimento? Haverá conhecimento certo e errado em alguma concepção a priori?). De fato, existem limites epistemológicos, que se devem ao fato de a diversidade e a complexidade dos seres humanos e dos ambientes onde estes se desenvolvem tornarem virtualmente impossíveis os procedimentos de controle experimental.


Conhecimento

Em geral, a epistemologia também discute o conhecimento proposicional ou o "saber que". Esse tipo de conhecimento difere do "saber como" e do "conhecimento por familiaridade". Por exemplo: sabe-se que 2 + 2 = 4 e que Napoleão foi derrotado na batalha de Waterloo. Essas formas de conhecimento diferem de saber como andar de bicicleta ou como tocar piano, e também diferem de conhecer uma determinada pessoa ou estar "familiarizado" com ela. Alguns filósofos consideram que há uma diferença considerável e importante entre "saber que", "saber como" e "familiaridade" e que o principal interesse da filosofia recai sobre a primeira forma de saber.





1ª Atividade Avaliativa do 4º bimestre 2020 - Filosofia


Frequência em 30/11/2020 


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