domingo, 7 de junho de 2020

Sociologia 3º ano 2020 - 1ª Atividade do 2º Período


O Mundo do Trabalho – pág. 150 a 163 (Livro Didático)

 

As contribuições de Marx, Weber e Durkheim influenciaram profundamente a consolidação do pensamento sociológico na Europa e no mundo. Por isso, muitos os chamam de “três porquinhos da sociologia”. Um tema sobre o qual os três autores escreveram foi o trabalho e as relações que o envolvem.

 

Embora Durkheim fosse de origem francesa e Marx e Weber de origem alemã, estes três pensadores foram influenciados pela Revolução Industrial e pela Revolução Francesa, marcos de um novo modo de vida no ocidente. Esta influência irá marcar a escolha do trabalho como objeto científico de seus estudos.

 


Durkheim e a divisão social do trabalho

Émile Durkheim, pensador francês, considerado um dos pais da sociologia, concentra sua atenção na divisão social do trabalho – inclusive, ele escreveu um livro com este título. Ao analisar a emergente sociedade moderna, que se desenvolve a partir de movimentos migratórios do campo para cidade e da incorporação desta nova população como mão de obra nas fábricas e indústrias, Durkheim percebe que o trabalho começa a se especializar; ele se dá conta que quanto mais especializado é o trabalho, mais laços de dependência se formam.

Por exemplo: numa fábrica de sapatos, há quem só trate o couro, há quem faça e monte os cadarços, há quem cole as solas dos sapatos, há quem faça a pintura, etc. Assim, quanto mais desenvolvida for a divisão do trabalho, maior será a teia de relações de dependência entre os indivíduos e isso levará, por consequência, a uma maior coesão social.

Para Durkheim, o trabalho é um fato social presente em todos os tipos de sociedade, ou seja, o trabalho é algo que se impõe a nós indivíduos, independente da nossa vontade. A divisão social do trabalho, para este autor, promove a coesão social e, por isso, deve ser preservada.

 

  

Marx e a exploração do trabalho

Karl Marx, diferente de Durkheim, percebe a divisão do trabalho como fator de exploração e alienação do trabalhador e da trabalhadora na sociedade capitalista. Este autor vai dizer que quanto mais específico e repetitivo for o ofício de um trabalhador, mais alienado este trabalhador estará da sua atividade e da sua condição como trabalhador, ou seja, mais desconectado ele estará do valor do seu trabalho e menos consciente da exploração que sofre ao vender sua força de trabalho para o patrão.

 

Marx, que a vê a sociedade dividida em duas grandes classes – burguesia e proletariado –, toma o trabalho assalariado como base da exploração na sociedade capitalista. Ou seja, o trabalho assalariado torna-se uma atividade central para a perpetuação das relações sociais entre capitalistas e trabalhadores e, por consequência, da exploração e dominação do trabalhador pelo capitalista.

 


Max Weber e o trabalho como atividade fundamental

Weber, assim como Marx, via o trabalho de um ponto de vista histórico. Para Weber, cada sociedade se forma e opera a partir de condições históricas específicas e, na sociedade capitalista, o trabalho acabou por se tornar uma atividade fundamental.

Este autor defende que o desenvolvimento do capitalismo só foi possível por conta do encontro entre a sede de lucro e uma ética religiosa, cujo fundamento é uma vida regrada, de autocontrole, que tem na poupança uma característica central.

Assim se forma o “espírito do capitalismo”, e nele o trabalho árduo e disciplinado aparece como virtude, como caminho para o sucesso profissional e para a salvação espiritual.

Weber nos mostra que a sociedade capitalista se desenvolve a partir de uma lógica racional, na qual a vida material ganha grande importância e a dignidade do homem passa a estar diretamente relacionada ao seu trabalho e à escolha de uma vida próxima de Deus e baseada na fé.

 

 

Fonte:

https://cursoenemgratuito.com.br/marx-weber-e-durkheim-sociologia/




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