O Mundo do Trabalho – pág. 150 a 163 (Livro Didático)
As contribuições de Marx, Weber e Durkheim influenciaram
profundamente a consolidação do pensamento sociológico na Europa e no mundo.
Por isso, muitos os chamam de “três porquinhos da sociologia”. Um tema sobre o
qual os três autores escreveram foi o trabalho e as relações que o envolvem.
Embora Durkheim fosse de origem francesa e Marx
e Weber de origem alemã, estes três pensadores foram influenciados pela
Revolução Industrial e pela Revolução Francesa, marcos de um novo modo de vida
no ocidente. Esta influência irá marcar a escolha do trabalho como objeto
científico de seus estudos.
Durkheim e a divisão social do trabalho
Émile Durkheim, pensador francês,
considerado um dos pais da sociologia, concentra sua atenção na divisão
social do trabalho – inclusive, ele escreveu um livro com este título.
Ao analisar a emergente sociedade moderna, que se desenvolve a partir de
movimentos migratórios do campo para cidade e da incorporação desta nova
população como mão de obra nas fábricas e indústrias, Durkheim percebe que o
trabalho começa a se especializar; ele se dá conta que quanto mais
especializado é o trabalho, mais laços de dependência se formam.
Por exemplo: numa fábrica de sapatos, há quem
só trate o couro, há quem faça e monte os cadarços, há quem cole as solas dos
sapatos, há quem faça a pintura, etc. Assim, quanto mais desenvolvida for a
divisão do trabalho, maior será a teia de relações de dependência entre os
indivíduos e isso levará, por consequência, a uma maior coesão social.
Para Durkheim, o trabalho é um fato social
presente em todos os tipos de sociedade, ou seja, o trabalho é algo que se
impõe a nós indivíduos, independente da nossa vontade. A divisão social do
trabalho, para este autor, promove a coesão social e, por isso, deve ser
preservada.
Marx e a exploração do trabalho
Karl Marx, diferente de Durkheim, percebe a
divisão do trabalho como fator de exploração e alienação do trabalhador e da
trabalhadora na sociedade capitalista. Este autor vai dizer que quanto mais
específico e repetitivo for o ofício de um trabalhador, mais alienado este
trabalhador estará da sua atividade e da sua condição como trabalhador, ou
seja, mais desconectado ele estará do valor do seu trabalho e menos consciente
da exploração que sofre ao vender sua força de trabalho para o patrão.
Marx, que a vê a sociedade dividida em duas
grandes classes – burguesia e proletariado –, toma o trabalho assalariado como
base da exploração na sociedade capitalista. Ou seja, o trabalho assalariado
torna-se uma atividade central para a perpetuação das relações sociais entre
capitalistas e trabalhadores e, por consequência, da exploração e dominação do
trabalhador pelo capitalista.
Max Weber e o trabalho como atividade fundamental
Weber, assim como Marx, via o trabalho de um ponto de vista histórico.
Para Weber, cada sociedade se forma e opera a partir de condições históricas
específicas e, na sociedade capitalista, o trabalho acabou por se tornar uma
atividade fundamental.
Este autor defende
que o desenvolvimento do capitalismo só foi possível por conta do encontro
entre a sede de lucro e uma ética religiosa, cujo fundamento é uma vida
regrada, de autocontrole, que tem na poupança uma característica central.
Assim se forma o “espírito do capitalismo”, e nele o trabalho
árduo e disciplinado aparece como virtude, como caminho para o sucesso
profissional e para a salvação espiritual.
Weber nos mostra que a sociedade capitalista se
desenvolve a partir de uma lógica racional, na qual a vida material ganha
grande importância e a dignidade do homem passa a estar diretamente
relacionada ao seu trabalho e à escolha de uma vida próxima de Deus e baseada
na fé.
Fonte:
https://cursoenemgratuito.com.br/marx-weber-e-durkheim-sociologia/
A divisão social de uma vida próxima a deus, na qual vale grande importância.
ResponderExcluirMuita coisa nu sei nei o q fala aqui
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