segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

1º ano 2021 - Sociologia 1º bimestre

 Sociologia 1º ano do ensino médio 2021

EEM Adauto Bezerra (1º K)


Professor Frank Lane (você pode me chamar assim)









Matriz de Conhecimentos Básicos 2021 (SEDUC-CE)

Sociologia 1º ano do Ensino Médio


Narrativas sociais;

Pensamento clássico e contemporâneo da sociologia;

As diversas linguagens e narrativas sociais como expressões culturais no tempo e no espaço, considerando diversas matrizes africanas, ameríndias; 

Fontes orais, visuais, audiovisuais, escritas e virtuais.




1ª SEMANA - 08 A 12 / 02 /2021


Narrativas sociais;




































Clique no link e assista ao vídeo: 




2ª SEMANA - 15 A 19 / 02 /2021

Texto "Narrativas"

Narrar é agir. Organizar enredos, apresentar histórias faladas, escritas e filmadas não é mero exercício de interpretação dos acontecimentos mas uma intervenção ideológica na sociedade de classes.

O Relato Pessoal é uma modalidade textual que apresenta uma narração sobre um fato ou acontecimento marcante da vida de uma pessoa. Nesse tipo de texto, podemos sentir as emoções e sentimentos expressos pelo narrador.

Pode-se concluir que a Análise da Narrativa é um método que permite a interpretação dos fatos narrados e dos fatores que os informantes julgam importantes sobre o tema em que são questionados.

Qual é o significado da palavra narrativa?

2. História contada por alguém. 3. Obra literária, geralmente em prosa, em que se relata um acontecimento ou um conjunto de acontecimentos, reais ou imaginários, com intervenção de uma ou mais personagens num espaço e num tempo determinados.

Narrativas e lutas sociais



Narrar é agir. Organizar enredos, apresentar histórias faladas, escritas e filmadas não é mero exercício de interpretação dos acontecimentos mas uma intervenção ideológica na sociedade de classes. Longe de chover no molhado, refletir sobre as estratégias das narrativas e logo sobre a montagem dos fatos apresentados (sejam eles fictícios ou não) é uma necessidade cultural que torna-se reivindicação no campo político da memória: atualmente o quadro político conservador nos âmbitos nacional e internacional, ameaça apagar (literalmente!) os registros que expressam as lutas e as experiências culturais dos trabalhadores e de inúmeros setores sociais marginalizados. Perante o rincão da selvageria capitalista, é altamente pertinente refletirmos sobre como podemos contribuir com a educação política das massas através das narrativas que contam/registram as lutas sociais.



























Preocupar-se com a construção de registros que proporcionam uma experiência crítica com a realidade, é uma ferroada teórica que precisa tirar o sossego dos militantes de esquerda que atuam nos âmbitos do jornalismo, da História, da literatura, da pintura e do cinema. É verdade que num mundo estilhaçado como o nosso, as formas tradicionais de narrativa ficam em crise. Será que rola tecer um fio narrativo (num romance, por exemplo) capaz de reconstituir por meio de imagens os fundamentos econômicos dos crimes capitalistas e fazer-se entender perante trabalhadores sem formação política? Um pessimista arrogante cairia de sola, dizendo que seria pura perda de tempo, que ninguém iria entender nada. Mas por que raios outras narrativas adquirem território ideológico com maior facilidade?



É impressionante como as imagens dos evangelhos preservam sua força comunicativa com as massas: registros que datam entre os anos 70 e 100 d.c (lá nos tempos do Império romano, quando a crise do modo de produção escravista ainda estava distante) são narrados a partir das mais variadas motivações políticas e teológicas. Outros exemplos de narrativas? Filmes hollywoodianos passeiam pela Segunda Guerra Mundial (1939-45) e fazem o público arrancar suspiros diante do rosto de um galã que interpreta um capitão americano ou algo assim. Portanto sem levar em conta, na maioria das vezes, o caráter político contestador do cristianismo primitivo ou os interesses políticos imperialistas na Segunda grande guerra, histórias são arrancadas de seu contexto original e logo reproduzidas com sucesso. E por que as narrativas de esquerda não possuem tanto impacto? Existe um argumento baseado na ideia de que embora a produção cultural de esquerda compreenda corretamente as contradições da realidade, seus esforços (diferentemente dos esforços da cultura dominante) não atraem, não se comunicam, seriam de uma chatice total, um porre sem tamanho para a maioria dos trabalhadores. Isto, em parte, é verdade. Em parte porque é preciso também levar em conta que, situadas na arena da luta de classes, as narrativas prescindem de uma realidade material, ou melhor dizendo, pesa sobre a origem dos relatos as forças econômicas/políticas que os financiam.

Se uma produção cultural conservadora é consumida nas escolas, universidades, igrejas e nos meios de comunicação de massa, o sucesso ideológico das narrativas de esquerda dependem, a um só tempo, de dois fatores:

1- A estratégia política capaz de aproximar a narrativa revolucionária dos espaços de convivência dos trabalhadores.

2-A estratégia estética de construir, nestes mesmos espaços, narrativas que despertem a paixão pelas transformações históricas. Já que o conhecimento histórico deve estar destinado ao proletariado, devemos tornar provocativamente atraentes as narrativas que contam por meio de livros, filmes e peças teatrais a história sob o prisma da luta de classes. É sempre muito oportuno exemplificar isso com a escrita de Trotski e o cinema de Eisenstein.

No caso de Trotski lembremo-nos da monumental série de 3 volumes A História da Revolução russa. Cursos e debates sobre esta obra vem a calhar nos 100 anos da Revolução russa: seja pelas questões históricas, magistralmente reconstituídas pelo autor, seja pelo mérito estético de uma obra repleta de imagens arrebatadoras. É notável como na escrita de Trotski a racionalidade dos fatos históricos (pressuposto científico a ser inevitavelmente considerado pelo historiador marxista) coexiste com uma prosa radiante, que remete ao melhor da tradição realista da literatura russa. Já no caso de Eisenstein (cujos filmes também devem ser intensamente vistos neste centenário da Revolução) resplandece (especificamente no seu cinema revolucionário dos anos 20), a História do movimento operário revolucionário russo de acordo com uma narrativa que ainda é inovadora: negando a narrativa linear, Eisenstein apresenta cortes abruptos, choques entre imagens que fazem do cinema instrumento de exposição do movimento dialético (tese, antítese e síntese).

É função dos militantes estudar atentamente as narrativas que capturaram as lutas sociais de ontem: é assim que obtemos material histórico para pensar as narrativas das lutas sociais de hoje.


Fontes: https://www.esquerdadiario.com.br/Narrativas-e-lutas-sociais#:~:text=Narrar%20%C3%A9%20agir.,ideol%C3%B3gica%20na%20sociedade%20de%20classes. Acesso em 10 de feveriero de 2021 às 08:15.


Atividade Avaliativa (1)


Questão 1

O LOBO E O CÃO

Um lobo e um cão se encontraram num caminho. Disse o lobo:

— Companheiro, você está com ótimo aspecto: gordo, o pêlo lustroso… Estou até com inveja!

— Ora, faça como eu — respondeu o cão. — Arranje um bom amo. Eu tenho comida na hora certa, sou bem tratado… Minha única obrigação é latir à noite, quando aparecem ladrões. Venha comigo e você terá o mesmo tratamento.

O lobo achou ótima ideia e se puseram a caminho.

Mas, de repente, o lobo reparou numa coisa.

— O que é isso no seu pescoço, amigo? Parece um pouco esfolado… — observou ele.

— Bem — disse o cão — isso é da coleira. Sabe? Durante o dia, meu amo me prende com uma coleira, que é para eu não assustar as pessoas que vêm visitá-lo.

O lobo se despediu do amigo ali mesmo:

— Vamos esquecer — disse ele. — Prefiro minha liberdade à sua fartura.

Antes faminto, mas livre, do que gordo, mas cativo.

La Fontaine


Assinale a questão que contenha as principais características do gênero fábula:

a) Apresenta um acontecimento ficcional girando em torno de vários conflitos. Possibilita o desenvolvimento de outras tramas ao longo da história.

b) Tipo de narrativa que apresenta apenas um núcleo, cuja trajetória gira em torno de um único personagem. Apresenta recursos narrativos limitados.

c) Narrativa cuja principal característica é o tempo reduzido, apresenta poucas personagens que existem em função de um núcleo.

d) Semelhante ao conto em sua extensão e narrativa, apresenta personagens animais com características peculiares aos seres humanos. Seu principal objetivo é apresentar juízos de valores e lições de moral.


Questão 2

(ENEM – 2012)

Lugar de mulher também é na oficina. Pelo menos nas oficinas dos cursos da área automotiva fornecidos pela Prefeitura, a presença feminina tem aumentado ano a ano. De cinco mulheres matriculadas em 2005, a quantidade saltou para 79 alunas inscritas neste ano nos cursos de mecânica automotiva, eletricidade veicular, injeção eletrônica, repintura e funilaria. A presença feminina nos cursos automotivos da Prefeitura — que são gratuitos — cresceu 1.480% nos últimos sete anos e tem aumentado ano a ano.

Disponível em: www.correiodeuberlandia.com.br. Acesso em: 27 fev. 2012 (adaptado).

Na produção de um texto, são feitas escolhas referentes a sua estrutura, que possibilitam inferir o objetivo do autor. Nesse sentido, no trecho apresentado, o enunciado “Lugar de mulher também é na oficina” corrobora o objetivo textual de

a) demonstrar que a situação das mulheres mudou na sociedade contemporânea.

b) defender a participação da mulher na sociedade atual.

c) comparar esse enunciado com outro: “lugar de mulher é na cozinha”.

d) criticar a presença de mulheres nas oficinas dos cursos da área automotiva.

e) distorcer o sentido da frase “lugar de mulher é na cozinha”.


Questão 3

(ENEM – 2013)

Olá! Negro

Os netos de teus mulatos e de teus cafuzos

e a quarta e a quinta gerações de teu sangue sofredor tentarão apagar a tua cor!

E as gerações dessas gerações quando apagarem a tua tatuagem execranda,

não apagarão de suas almas, a tua alma, negro!

Pai-João, Mãe-negra, Fulo, Zumbi,

negro-fujão, negro cativo, negro rebelde

negro cabinda, negro congo, negro ioruba,

negro que foste para o algodão de USA

para os canaviais do Brasil,

para o tronco, para o colar de ferro, para a canga

de todos os senhores do mundo;

eu melhor compreendo agora os teus blues

nesta hora triste da raça branca, negro!

Olá, Negro! Olá, Negro!

A raça que te enforca, enforca-se de tédio, negro!

LIMA, J. Obras completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958 (fragmento).

O conflito de gerações e de grupos étnicos reproduz, na visão do eu lírico, um contexto social assinalado por

a) modernização dos modos de produção e consequente enriquecimento dos brancos.

b) preservação da memória ancestral e resistência negra a apatia cultural dos brancos.

c) superação dos costumes antigos por meio da incorporação de valores dos colonizados.

d) nivelamento social de descendentes de escravos e de senhores pela condição de pobreza.

e) antagonismo entre grupos de trabalhadores e lacunas de hereditariedade.


Questão 4

(ENEM – 2014)

TEXTO I
João Guedes, um dos assíduos frequentadores do boliche do capitão, mudara-se da campanha havia três anos. Três anos de pobreza na cidade bastaram para o degradar. Ao morrer, não tinha um vintém nos bolsos e fazia dois meses que saíra da cadeia, onde estivera preso por roubo de ovelha. A história de sua desgraça se confunde com a da maioria dos que povoam a aldeia de Boa Ventura, uma cidadezinha distante, triste e precocemente envelhecida, situada nos confins da fronteira do Brasil com o Uruguai.

MARTINS, C. Porteira fechada. Porto Alegre: Movimento, 2001 (fragmento).

TEXTO II
Comecei a procurar emprego, já topando o que desse e viesse, menos complicação com os homens, mas não tava fácil. Fui na feira, fui nos bancos de sangue, fui nesses lugares que sempre dão para descolar algum, fui de porta em porta me oferecendo de faxineiro, mas tava todo mundo escabreado pedindo referências, e referências eu só tinha do diretor do presídio.

FONSECA, R. Feliz Ano Novo. São Paulo: Cia. Das Letras, 1989 (fragmento).

A oposição entre campo e cidade esteve entre as temáticas Tradicionais da literatura brasileira. Nos fragmentos dos dois autores contemporâneos, esse embate incorpora um elemento novo: a questão da violência e do desemprego. As narrativas apresentam confluências, pois nelas o(a)

a) criminalidade é algo inerente ao ser humano, que sucumbe a suas manifestações.

b) meio urbano, especialmente o das grandes cidades, estimula uma vida mais violenta.

c) falta de oportunidades na cidade dialoga com a pobreza do campo rumo à criminalidade.

d) êxodo rural e a falta de escolaridade são causas da violência nas grandes cidades.

e) complacência das leis e a inércia das personagens são estímulos à prática criminosa.


Respostas:


Questão 1

 Alternativa “d”.



Questão 2

Comentário: Nessa questão, é apresentado um texto que relata o crescimento do número de mulheres em cursos da área automotiva – área ocupada majoritariamente por homens. Não há nele um caráter argumentativo, mas expositivo, por ser uma notícia de jornal que tem a finalidade de relatar um fato.

Podemos observar, no enunciado, que a questão pede uma informação acerca da frase “Lugar de mulher também é na oficina.” e, mais especificamente, o objetivo textual dessa construção. Analisemos, então, uma alternativa de cada vez, começando de baixo para cima:

E) Nessa alternativa, afirma-se que o objetivo dessa frase é distorcer a frase “Lugar de mulher é na cozinha.”. De fato, ocorre uma distorção. Tão grande, que muda seu sentido. Mas será que isso demonstra o objetivo textual ou apenas um fato sobre a frase formada? Vamos adiante!

D) A alternativa D afirma exatamente o contrário do significado atribuído à frase, o que a torna incorreta.

C) Essa alternativa apresenta uma assertiva correta. No entanto, assim como na alternativa E, não apresenta um objetivo com relação ao texto por inteiro.

B) A alternativa B afirma que a frase tem a intenção de fazer uma defesa de alguma coisa. Ora, dissemos acima que este não é um texto argumentativo, não há nele uma defesa de uma tese. Logo, essa afirmação está incorreta, estando a alternativa B igualmente incorreta.

A) Nessa alternativa encontramos que a frase demonstra alguma coisa, e é esta a função do texto expositivo. Que coisa seria essa? Ao longo do texto há uma apresentação da situação das mulheres na cidade de Uberlândia – MG, que mudou nos últimos tempos. A intenção da frase, então, é introduzir e antecipar esse panorama que será posteriormente explicado e detalhado na notícia, mostrando logo de cara que a situação da mulher mudou atualmente.

Questão 3

Comentário: O enunciado dessa questão vai direto ao ponto, e busca o contexto social reproduzido, na visão do eu-lírico, pelo conflito de gerações e pelo conflito de grupos étnicos, o que nos faz realizar uma segunda leitura – mais detalhada e objetiva – do poema Olá, Negro!.

Primeiramente, de que fala esse poema? Logo no título e nos primeiros versos, podemos notar que esse poema fala sobre o povo negro. No entanto, ao longo do poema, percebemos que o objeto poético é não só o povo negro, mas, mais profundamente, a luta desse povo pela memória dos seus antepassados. Nos quatro primeiros versos, o eu-lírico fala de uma tentativa das gerações posteriores de apagar a “cor”, a “alma”, a cultura e a história do negro, que é resumidamente apresentada nos seis versos que se seguem. Nos quatro últimos versos, ademais, o eu-lírico menciona quem está do outro lado desse “conflito étnico”: os brancos, a raça que enforca.

Vamos, então, para as alternativas. Podemos, logo de cara, descartar três delas: a A, a C e a E. A A e a E fogem muito do objeto do poema e, na C, a fuga é um pouco menor, por apresentar uma assertiva que dialoga minimamente com o objeto mas, ainda assim, há fuga. A alternativa D pode nos enganar, uma vez que menciona a relação descendentes de escravos X descendentes de senhores abordada no poema, mas não pode ser considerada correta, pois trata de uma questão financeira não levantada no texto.

Nos resta, então, analisar a alternativa B, que é a correta. Essa alternativa aborda a questão da preservação da cultura negra e da resistência desse povo frente a falta de empatia cultural do branco, que é exatamente o assunto do qual o poema trata, como vimos anteriormente em sua analise.

Questão 4

Comentário: Essa questão apresenta dois textos que dialogam entre si. Para entender, vamos analisá-los. No primeiro, conta-se a história de um homem, João Guedes, um retirante de uma cidade do interior, que há 3 anos convivia com a pobreza na cidade grande e que havia acabado de passar pela experiência de estar preso, por ter roubado para não passar fome. A história desse homem, agora morto, segundo o narrador, é comum entre os habitantes da cidadezinha de onde João veio. No segundo texto, ademais, um homem, sem sucesso, procura por qualquer emprego, sem ter exigência alguma. Em todo lugar em que ele procurava, pediam-lhe referência, o que ele não tinha, a não ser a do diretor do presídio em que ele esteve preso.

Partamos, então, para o enunciado. Nele, introduz-se a oposição entre campo e cidade como assunto recorrente na literatura brasileira e se menciona que a questão da violência e do desemprego é um elemento novo dentro dessa temática. A seguir, pede-se a natureza da confluência, isto é, da convergência entre os textos, considerando as afirmações anteriores.

Com isso, podemos descartar as alternativas A, B e E, pois nenhuma delas apresenta assertivas corretas ao serem comparadas com as narrativas: nada se fala sobre criminalidade nos ser inerente, nem tampouco sobre violência ser algo estimulado pelo estilo de vida urbano, assim como complacência das leis não é tema de nenhum dos textos.

Entre as alternativas restantes, a D dialoga um pouco com a temática do texto, porém, a assertiva por ela apresentada não é a que mais se enquadra na narrativa, já que falta de escolaridade não é um dos temas abordados, além disso, há nela uma falácia, que podemos identificar na afirmação do êxodo rural como um dos fatores que justificam a violência nas cidades.

A alternativa correta, então, é a C, que relaciona a pobreza do campo com a falta de oportunidades na cidade, além de afirmar ser esse um dos fatores que contribuem para a criminalidade. Esses são os temas principais dos textos acima relacionados.




3ª SEMANA - 22 A 26 / 02 /2021

Pensamento clássico e contemporâneo da sociologia














Texto:

Você assitiu ao vídeos acima. Conforme eles, responda na forma de uma tabela asquestões sujeridas a seguir.

Quais os autores (sociólogos/pensadores) tratados nos vídeos?
Defina se pertence ao pensamento clássico ou moderno.
Quais as suas principais linhas de pensamento, ou seja, o que acreditam e defendem na sua produção/obra argumentativa?


 Clássicos:










 Contemporâneos:


São muitos!
Que tal você fazer uma pesquisa sobre alguns deles na internet? Para facilitar, posso citar alguns:

  • Anthony Giddens
  • Pierre Bourdieu
  • Michel Foucault
  • Jürgen Habermas
  • Auguste Comte
  • Frantz Fanon
  • Judith Butler
  • Manuel Castells
  • Herbert Spencer
  • Max Horkheimer
  • Robert Castel  (entre outros...)
  • Florestan Fernandes

Sociologia no Brasil




A Sociologia sempre teve como um dos objetos de estudos o conflito entre as classes sociais. Na América Latina, por exemplo, a Sociologia do início do século XX sofreu intensas influências das teorias marxistas, na medida em que suas preocupações passaram a ser o subdesenvolvimento dos países latinos.

No Brasil, nas décadas de 1920 e 1930, estudiosos se debruçaram em busca do entendimento da formação da sociedade brasileira, analisando temas como abolição da escravatura, êxodos e estudos sobre índios e negros. Dentre os autores mais significativos, temos: Sérgio Buarque de Holanda (Raízes do Brasil-1936), Gilberto Freyre (Casa Grande & Senzala-1933) e Caio Prado Júnior (Formação do Brasil Contemporâneo-1942)

Nas décadas seguintes, a Sociologia praticada no Brasil voltou-se aos estudos de temas relacionados às classes trabalhadoras, tais como salários e jornadas de trabalho, e também comunidades rurais. Na década de 1960 a Sociologia passou a se preocupar com o processo da industrialização do país, nas questões de reforma agrária e movimentos sociais na cidade e no campo; a partir de 1964 o trabalho dos sociólogos se voltou para os problemas socioeconômicos e políticos brasileiros, originados pela tensão de se viver num regime militar (ou ditadura militar, que no Brasil foi de 1964 a 1985), nesse período a Sociologia foi banida do ensino secundarista.

Na década de 1980 a Sociologia finalmente voltou a ser disciplina no ensino médio, sendo facultativa sua presença na grade curricular. Também ocorreu nesse período a profissionalização da Sociologia no Brasil. Além da preocupação com a economia, política e mudanças sociais apropriadas com a instalação da nova república (1985), os sociólogos diversificarsm os horizontes e ampliaram seus leques de estudos, voltaram-se para o estudo da mulher, do trabalhador rural e outros assuntos culminantes.

Em 2009, a Sociologia tornou-se disciplina obrigatória na grade curricular dos alunos do ensino médio no Brasil. A oportunidade da aproximação do aluno com a Sociologia, como um campo do saber, tem por objetivo a desnaturalização das concepções ou explicações dos fenômenos sociais. Em outras palavras e sem perder de vista a importância da História, é considerar que as coisas nem sempre foram do jeito que são. É perceber que há mudanças profundas ao longo da história, fruto de decisões de homens.

O sociólogo pode atuar nas áreas de ensino, pesquisa e planejamento, além de dar consultoria e assessoria a ONGs, empresas privadas e públicas, partidos políticos e associações profissionais, entre outras entidades.

Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Fonte: CAMARGO, Orson. "Sociologia no Brasil"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/sociologia-bibliografia.htm. Acesso em 17 de fevereiro de 2021.



Principais Autores da Sociologia Brasileira

Na geração dos pioneiros que estudaram a formação do Brasil e as relações de raça e classe, merecem destaque:

  • Florestan Fernandes (1920-1995) - Dedicou-se a fundamentação da sociologia enquanto ciência, realizou importantes pesquisas sobre o processo de industrialização brasileiro e a relação com mudanças sociais no Brasil.
  • Darcy Ribeiro (1922 -1997) - Darcy Ribeiro autor da obra O povo brasileiro, analisa a formação da sociedade brasileira e de suas formas de organização.Tem um trabalho de destaque voltado para o estudo dos povos indígenas.
  • Gilberto Freyre (1900-1987) - Autor da obra Casa Grande e Senzala, Freyre analisa a formação da sociedade brasileira a partir das relações entre senhor e escravo a partir do mito da democracia racial brasileira. A noção de uma escravidão menos segregadora que a estadunidense e a suavização das práticas violentas adotadas pelos senhores contra os escravos faz com que o livro de Freyre seja alvo de diversas e duras críticas.
  • Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) -  Na obra Raízes do Brasil, Sérgio Buarque analisa a cultura brasileira e os principais aspectos da formação da sociedade, além de analisar as relações e trocas culturais que estabeleceram-se  entre metrópole e colônia. 
  • Caio Prado Jr. (1907-1990) - Na obra Formação do Brasil Contemporâneo, Caio Prado pensa a formação da sociedade e do próprio Brasil desde a chegada dos portugueses, o livro destaca inclusive os aspectos econômicos da formação do país.

Dentre os nomes da contemporaneidade, cabe destacar a obra do sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que dedicou-se aos estudos das relações internacionais e das teorias de desenvolvimento econômico.






4ª SEMANA - 01 A 05 / 03 /2021

Atividade Avaliativa (2)


Questão (1)

A teoria da democracia racial, derivada a partir da hipótese de pesquisa desenvolvida por Gilberto Freyre, principalmente com sua obra “Casa-Grande e Senzala”, pode ser relacionada à política de cotas implementada nos institutos federais a partir da Lei 12.711 de 29 de agosto de 2012. Dentre as opções abaixo, marque a CORRETA em relação aos conteúdos do enunciado acima.

Questão (2)

Leia o trecho a seguir:

VEJA – Vê uma atitude racista no culto à mulata ou reafirma sua tese de que esse culto está uma prova da ausência de problemas raciais no Brasil? O Brasil é, realmente, uma democracia racial perfeita?

GF (Gilberto Freyre) – Perfeita, de modo algum. Agora, que o Brasil é, creio que se pode dizer sem dúvida, a mais avançada democracia racial do mundo de hoje, isto é, a mais avançada nestes caminhos de uma democracia racial. Ainda há, não digo que haja racismo no Brasil, mas ainda há preconceito de raça e de côr entre grupos de brasileiros e entre certos brasileiros individualmente.

(Trecho de entrevista de Gilberto Freyre publicada na revista Veja de 14 de abril de 1970).

É possível afirmar que a resposta de Gilberto Freyre:

Questão (3)

(Fuvest) “A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) As distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígenes e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor." 

(Stuart B. Schwartz, SEGREDOS INTERNOS).

A partir do texto, pode-se concluir que:


Questão (4)

Assista ao vídeo a seguir, clique no link:


Sobre a "cordialidade brasileira", segundo o vídeo baseado no pensamento de Sergio Burque de Holanda, poderiamos afirmar:

a) a sociendade brasileira é marcadamente cordial pelo fato de não ter havido resistência oferencida pelos ídios aos dominadores europeus.
b) a cordialidade é uma característica das sociendades mais desenvolvidas e, notadamente, herdada dos europeus.
c) a cordialidade deve-se à predominância cristã, a religião funciona como apasiguadora das emoções e promove o auto-conhecimento.
d) a tolerância ao diferente é uma característica marcante do Brasil desde a sua formação. A missigenação de raças na promoção de uma democracia, promovel essa cordialidade, esse sentimento de multua ajuda.
e) a cordialidade força os indivíduos à formação de parceria que proporciona a invasão da esfera pública pela esfera privada, sendo o sentimento, em muitos momentos, superior e predominate à razoabilidade. A hierarquia e a burocracia são substituidas pelos favores.  

Questão (5)

(Unespar 2015)

Marx, Durkheim e Weber, os três autores clássicos da sociologia, tiveram, cada um a seu modo, uma vida política intensa e fizeram reflexões importantes sobre o Estado e a democracia de seu tempo.
TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 179.

É sabido que cada autor clássico da sociologia, apontado no texto acima, buscou um objeto para que pudesse, com seu método, observar a realidade social. Nesse sentido, enumere a segunda coluna a partir da primeira e, posteriormente, marque a alternativa correta:

1) Karl Marx                    ( ) Fatos Sociais
2) Êmille Durkheim          ( ) Classes Sociais
3) Max weber                  ( ) Ação Social

 
 
 
 
 

Respostas:

Questão (1)

D -  A teoria da democracia racial, derivada da obra de Freyre, mascara em grande medida a violência praticada por brancos contra negros no Brasil, sustentando de certo modo parte das críticas atribuídas à adoção de cotas raciais no país.

A teoria da democracia racial desenvolvida por Gilberto Freyre esconde a violência praticada pelos senhores contra os escravos. A teoria de Freyre relaciona-se a implantação de cotas raciais por conta da violência praticada e da não existência da democracia racial, tampouco de relações amigáveis entre senhores e escravos.

Questão (2)

C -  Pondera a questão do racismo no Brasil com a evidência de que há democracia racial, ainda que imperfeita.

Na fala de Freyre é possível perceber a ponderação do autor com relação ao racismo e a defesa de uma situação de democracia racial, mesmo que de maneira imperfeita.

Questão (3)

D -  A diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros, tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade colonial.

De acordo com o texto a formação do povo brasileiro está fundamentada na miscigenação de três raças: o negro, o branco e o indígena. O mito da formação pacífica a partir das três raças é usado como forma de minimizar as distinções clássicas e medievais que separa plebeus e fidalgos nas sociedades europeias.

Questão (4)

e) a cordialidade força os indivíduos à formação de parceria que proporciona a invasão da esfera pública pela esfera privada, sendo o sentimento, em muitos momentos, superior e predominate à razoabilidade. A hierarquia e a burocracia são substituidas pelos favores.  

Questão (5)

 


5ª SEMANA - 08 A 12 / 03 /2021

👉Avaliação parcial - 1º bimestre 2021 - (Prazo de devolutiva 11 a 17/03/2021 ás 23:59)



6ª SEMANA - 15 A 19 / 03 /2021

Faça a sua Autoavaliação aqui.
Você só terá uma única chace. Faça como você realmente se sente em relação a cada conteúdo, a cada questão.

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Autoavaliação 1º bimestre




7ª SEMANA - 22 A 26 / 03 /2021

Narrativa e movimentos sociais no Brasil



As novas mídias já fazem parte do cotidiano de milhões de brasileiros diariamente. Segundo pesquisa mais recente do IBGE, quase metade da população (49,4%) já está conectada à internet. E neste ano, pela primeira vez, o número de smartphones (306 milhões) superou o de computadores (154 milhões), de acordo com estudo da Fundação Getúlio Vargas. Para além do uso recreativo e social, essas tecnologias da informação e comunicação se consolidaram como um importante instrumento de mobilização social.


Confira tudo no acesso abaixo e, veja que além do texto tem dois vídeos, são curtinhos.

Leia o tesxto e assista aos vídeos. Bons estudos!

👉  Novas mídias se tornam aliadas de movimentos sociais na criação de narrativas próprias

👉  Frequência 7ª semana de 22 a 26/03/2021 


8ª SEMANA - 29/03 A 02 / 04 /2021


Narrativas brasileiras

Proliferam as narrativas de que a recessão brasileira de 2015 resultou das incertezas geradas pela Operação Lava Jato, pela queda da confiança e pelo envolvimento de grandes empresas no esquema de corrupção. Segundo essa narrativa, que não deixa de enaltecer a Lava Jato e o legado que haverá de deixar para o País – a melhoria das instituições, a mudança nas relações entre o Estado e o setor privado, a percepção de que o Brasil encerra era nefasta com as prisões inéditas e as revelações sobre a abrangência da nossa economia de esquemas –, tudo melhora quando a confiança voltar. O que temos visto no País é passageiro, percalços que serão superados quando Zumbi chegar.







Lula está provisoriamente de volta ao páreo eleitoral, tornado “ficha limpa” pelas mãos do ministro Edson Fachin, que anulou todos os processos contra o ex-presidente na 13.ª Vara Federal de Curitiba. Para que ele fique novamente impedido de competir, será necessário que um colegiado do Supremo (o plenário, ou a Segunda Turma) reverta o ato de Fachin, e que a Segunda Turma rejeite a tese da parcialidade do então juiz Sergio Moro – uma feliz conjunção que manteria as condenações de Lula, mas que, por mais desejável, positiva para o país e juridicamente correta que seja, parece altamente improvável no momento.

O ex-presidente não se lançou candidato explicitamente – e talvez isso nem seja necessário, especialista que é em dissimular campanha antecipada –, mas a narrativa já está posta por seus apoiadores na imprensa e na academia: 2022 seria um embate entre os autoritários, do lado do presidente Jair Bolsonaro, e os democratas, agrupados em torno do petismo, seja com Lula, seja com o “poste” que ele ungir. Um discurso que só tem como prosperar apoiado na memória muito curta do eleitorado.

A repetida tentativa de fraudar a democracia brasileira, o desejo de controlar a imprensa e a amizade íntima com as ditaduras mais nefastas do continente latino-americano não credenciam nenhum partido ou líder a se denominar “democrata”


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Copyright © 2021, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados. Acesso em 22/03/2021 às 10:00.

9ª SEMANA - 05 à 09 / 04 /2021


1º Período 2021


10ª SEMANA - 12 à 16 / 04 /2021

(Re)existindo à homofobia: narrativas de histórias de vida de cis-homens gays no Município de Cascavel-PR

Resumo

No presente trabalho, tenho o objetivo de apresentar um percurso narrativo através das experiências e histórias vividas e compartilhadas por cis-homens gays que assumem e/ou vivenciam suas homossexualidades no município de Cascavel-PR. Nesse percurso, pretendo discutir as experiências e os impactos das diferentes manifestações da homofobia em suas intersecções e tensionamentos com as idiossincrasias que marcam o enredo de cada uma das histórias dos participantes da pesquisa. Para tanto, adoto como referencial teórico os estudos de gênero e feministas que me possibilitam pensar as homossexualidades e a própria vivência da homofobia como fenômenos plurais impossíveis de serem submetidos a categorias universalizantes e essencialistas. Nesse sentido, busco discutir e apresentar a homofobia enquanto um conceito “guarda-chuva”. Uma categoria política, conceitual e analítica que possibilita traduzir o cotidiano de violências, mais ou menos explícitas, que constituem e afetam todas as pessoas, e especialmente as pessoas LGBT, margeando e (de)limitando as formas de nos relacionarmos social, política, afetiva e sexualmente. Reconhecendo o caráter localizado, contextualizado, (de)limitado e parcial desse empreendimento de pesquisa e visando alcançar os objetivos traçados adoto como “método-processo de investigação” as narrativas de histórias de vida de seis cis-homens gays, dentre os quais me incluo. Por meio dessa pista metodológica, pude estabelecer uma necessária e indissociável vinculação com os participantes da pesquisa, processo que me possibilitou o acesso às paisagens experienciais, afetivas, relacionais e subjetivas narradas em cada uma das histórias que se encontram aqui (re)construídas e que dão corpo e vida a este trabalho.

Homossexualidade Masculina
Homofobia
Narrativa de Histórias de Vida

👉História da Homossexualidade - Imagens reais e narração



11ª SEMANA - 19 à 23 / 04 /2021

2º Bimestre 2021




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