Formado em Geografia (URCA)
Especialista em Geografia e Meio Ambiente (URCA)
Especialista em Gestão e Avaliação da Educação Publica do Estado do Ceará (CAED/UFJF)
Especialista em Saúde Mental com Ênfase em TEA (Faculdade INESP)
Capitulo 14 - A política no Brasil, pág. 308 a 320.
A palavra “política” faz menção a tudo que está vinculado ao Estado e sua administração, mas definições modernas defendem que política é meramente o exercício do poder.
Apolíticaé o nome que se dá para a capacidade do ser humano de criar diretrizes com o objetivo de organizar seu modo de vida. Essa palavra também faz menção a tudo que está vinculado aoEstado, ao governo e à administração pública com o objetivo final de administrar o patrimônio público e promover obem público, isto é, obem de todos.
Para o ato de governar, uma característica fundamental é a capacidade de mediar conflitos entre as pessoas. Sendo assim, o político deve conduzir sua gestão de forma a mediar os conflitos existentes na sociedade de forma a encontrar uma saída que seja boa para todos.
Surgimento da política
O surgimento da política remonta à Grécia Antiga, e um dos grandes articuladores políticos desse período foi Aristóteles, que falava que a política era um mecanismo que tinha como fim último a felicidade dos homens. Uma definição mais moderna de política trabalha com a ideia de que a política é meramente o ato de buscar exercer o poder dentro de uma nação.
Políticaspúblicas são as ações realizadas pelo governo. Sendo assim, as ações, programas ou decisões tomadas por um governo independente, se na esfera municipal, estadual ou federal, são considerados políticas públicas. Estas, por sua vez, são realizadas com o objetivo de trazer melhorias para a vida dos cidadãos.
As políticas públicas podem ser realizadas nas diferentes áreas de atuação dos governos, como habitação, saúde, educação, saneamento, transporte etc. Além disso, são direcionadas para atender um grupo específico ou para atender a população em geral.
Sendo assim, se o governo de uma cidade cria uma lei específica para o trânsito ou se aprova o aumento salarial dos servidores públicos ou mesmo determina por lei que determinado grupo tem direito a pagar 50% do valor no transporte público, todas essas ações são políticas públicas.
Formas de governo
Uma nação pode ser governada de diferentes maneiras, por isso que os diferentes mecanismos institucionais que são utilizados para se governar um Estado são chamados de formas de governo. As duas formas de governo em vigência atualmente no mundo são a República e a Monarquia. Uma terceira opção seria a Anarquia, que consiste na ausência de forma de governo ou ausência de Estado.
Dentro das formas de governo, estão os regimes políticos, isto é, a maneira como os governos exercem o seu poder. Existem diversos regimes políticos, como a democracia, o autoritarismo e o totalitarismo.
Partidos políticos
Quando nos referimos à política, uma das primeiras coisas que nos veem a mente são os partidos políticos, isto é, as entidades que agrupam políticos em torno de uma mesma ideologia e procuram lançar candidatos para tentar elegê-los aos diferentes cargos políticos que existem. A ideia atual que temos de partidos políticos nasceu na Inglaterra durante a Idade Moderna.
No século XVII, houve grandes transformações na Inglaterra, como a consolidação de uma monarquia constitucional no país por meio da Revolução Gloriosa. Todo esse processo político que a Inglaterra viveu nesse período contribuiu para o fortalecimento do Parlamento inglês com a atuação de dois grupos políticos: os whigs (liberais) e os tories (conservadores).
No final do século XVIII, a França também viu o fortalecimento dos grupos políticos que surgiram durante os anos da Revolução Francesa: os girondinos e jacobinos. Essa estrutura partidária que surgiu na Europa gradativamente a partir do século XVII só ganhou estrutura e status de entidade política profissional a partir do século XIX.
No caso do Brasil, os primeiros partidos políticos remontam ao século XIX e ao período monárquico. Ao longo desse período, destacou-se a atuação do PartidoLiberal e do Conservador. Atualmente, a importância dos partidos políticos é tão grande que a legislação brasileira não permite que uma pessoa concorra a um cargo político sem estar devidamente filiada a um partido político.
A história política do Brasil é recheada de acontecimentos marcantes e, naturalmente, possui características distintas de acordo com a fase histórica de nosso país.
No caso do período monárquico, como citado, a estrutura política e partidária do Brasil girava em torno de dois partidos políticos: o Liberal e o Conservador. Os dois partidos possuíam leves divergências de ideologia, mas uma pauta dividia a política brasileira naquele momento: a questão federalista. Havia um grande debate em torno da autonomia ou não das províncias brasileiras e do poder centralizado ou não do imperador.
Além disso, a participação na política era limitada a um grupo muito pequeno. Uma lei de 1880 reduziu mais ainda o grupo de pessoas que poderiam participar da política no Brasil. Essa foi a LeiSaraiva, que decretou que o voto passaria a ser direto (antes o voto era indireto) e que teriam direito a votar os homens com renda superior a 200 mil réis anuais que fossem capazes de assinar o documento de alistamento militar.
No período republicano, mudanças no nosso sistema político foram acontecendo de forma muito gradativa. No que se refere à Primeira República, os destaques da política nacional foram a Política do Café com Leite, que era a prática de revezamento existente entre as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais, e a Política dos Estados, uma rede de troca de favores. Também se destacaram as eleições fraudadas desse período.
Na Era Vargas, mudanças importantes aconteceram. O Código Eleitoral instituído em 1932 estabeleceu o voto secreto, concedeu o sufrágio universal feminino, tornou o voto obrigatório e criou instituições que futuramente atuariam de forma independente para garantir a legitimidade das eleições realizadas no país.
Na Quarta República, o Brasil teve a sua primeira experiência de fato democrática. As eleições não eram fraudadas, e a aproximação do eleitor com os partidos políticos foi notória. Essa consolidação democrática e da vida político-partidária em nosso país foi interrompida pelo Golpe de 1964 e pela Ditadura Militar, que impôs inúmeras restrições aos direitos políticos dos cidadãos brasileiros.
Após a ditadura, iniciou-se a Nova República, um período abertamente democrático em que o nosso sistema político foi construído em torno da Constituição de 1988. O Brasil é atualmente uma república presidencialista, e as eleições presidenciais acontecem a cada quatro anos com o presidente eleito tendo direito a disputar uma única reeleição.
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/politica - Acesso em 12/10/2020 às 17:00.
Artigo:
RESUMO
Os Estudos das Políticas Públicas no Brasil: Passado, Presente e Caminhos Futuros da Pesquisa Sobre Análise de Políticas.
O campo de políticas públicas, como parte do campo mais amplo da ciência política, ainda que recente quando comparado à outras áreas, apresenta um conjunto complexo de
elementos e variáveis importantes para sua constituição como campo do conhecimento.
Originada no contexto estadunidense no início dos anos 1950, os estudos da análise de
políticas se transformam e se expandiram ao longo dos anos. Apresentando semelhanças,
mas também importantes diferenças com relação ao surgimento e a consolidação do campo, no Brasil é possível verificar uma forte expansão nos estudos sobre as políticas públicas
nas últimas décadas.
Com o objetivo de formar quadros públicos no período que engloba o pós-1988 e a década de 90, à análise de políticas sociais pelas lentes do federalismo,
das teorias democráticas e do neoinstitucionalismo entre o final dos anos 1990 e 2000, é
que surgem na literatura nacional as primeiras revisões teóricas desenvolvidas no contexto estadunidense.
O presente artigo busca retomar o histórico dos estudos sobre políticas
públicas no Brasil, resgatando a construção deste campo do conhecimento no país, bem
como apresentar tanto um retrato do cenário atual como apontar caminhos futuros para o
desenvolvimento de uma agenda de pesquisas sobre a análise de políticas.
Palavras-chave: políticas públicas; análise de políticas; produção de políticas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo procurou resgatar algumas das características do desenvolvimento do campo
de políticas públicas no Brasil. O campo, surgido em meados da década de 50 nos Estados
Unidos, desenvolve-se posteriormente no Brasil apresentando semelhanças e diferenças relevantes.
Uma primeira característica dos estudos em políticas públicas realizados no país
consiste na progressiva mudança do foco de análise, passando de investigações centradas
no papel do Estado para estudos que privilegiam o estudo das ações governamentais, envolvendo os processos típicos de produção de políticas públicas como formulação, decisão,
implementação e avaliação.
Ao logo das últimas décadas, mostramos como esses estudos
expandiram-se e, principalmente, concentraram-se em temas que integraram a própria
agenda governamental: os debates sobre a consolidação democrática e o necessário reordenamento institucional da produção de políticas públicas levaram a uma expansão dos estudos voltados à compreensão desse processo e seus impactos.
Nos anos 90, o processo de
reforma do Estado também influenciou as pesquisas no campo que, deixando a dimensão
mais imediata dos debates relacionados à crise, passaram a se dedicar ao estudo da capacidade de governo, práticas de gestão (do governo federal e também das inúmeras experiências inovadoras no plano local), os processos de descentralização, e às relações entre Estado
e sociedade.
Ao longo dos anos 2000, as diversas políticas públicas, com destaque para as
políticas sociais e também para a temática da participação, foram objeto de inúmeros estudos de caso, nas mais distintas áreas de conhecimento.
No período mais recente, além
dos estudos das políticas setoriais, observa-se uma preocupação com o estabelecimento
de um diálogo entre pesquisadores relacionados a diferentes áreas de conhecimento e que
compartilham as políticas públicas enquanto objetos de pesquisa. Além disso, verifica-se
também um esforço de sistematização da literatura, ainda que nucleado nas fases características do processo de produção de políticas públicas.
Esse panorama, embora breve, aponta para um campo que tem se expandido, em função
das profundas transformações das ações governamentais nas últimas décadas. Essa expansão – no campo da pesquisa e também na prática profissional dentro do Estado – tem colocado o campo de políticas públicas em destaque, quer nos principais eventos acadêmicos
das áreas próximas, como a ciência política e administração pública, quer na criação de
eventos próprios, específicos da área de políticas públicas.
Como dito anteriormente, o
surgimento e crescimento de cursos de graduação e pós-graduação no campo de públicas
no Brasil vem corroborando com as transformações, atualizações e surgimento de novos
profissionais e pesquisadores, novas parcerias nacionais e internacionais entre instituições
de ensino e associações profissionais. Inserido numa lógica multidisciplinar, característica
do campo, os estudos sobre políticas públicas têm se espalhado nos mais diversos campos
do conhecimento, em distintos departamentos de diferentes instituições de ensino do país.
Essa importante peculiaridade, apesar de ocasionar um crescimento pouco ordenado e difícil de mapear, proporciona um movimento constante do campo de estudos que possibilita
a abertura de importantes agendas de estudos sobre a produção de políticas no Brasil.
Fonte: https://periodicos.ufpe.br/revistas/politicahoje/article/viewFile/3710/3012 - Acesso em 12/10/2020 às 18:52.
Conceito geral do que é Geopolítica e como ela acontece no século XX.
Geopolítica é a congruência entre demasiados grupos de estratégias adotadas pelo Estado para administrar seu território, e anexar a geografia cotidiana com a história. Desta forma, Geopolítica é um campo de conhecimento multidisciplinar, que não se identifica com uma única disciplina, mas se utiliza principalmente da Teoria Política e da Geologia e Geografia[1] ligado às Ciências Humanas e Ciências Sociais aplicadas.
A geopolítica considera a relação entre os processos políticos e as características geográficas (como localização, território, posse de recursos naturais, contingente populacional e geológico) — como topografia natural e clima e também os estudos intercontinental avaliativo e interpretativo em relações com a ecologia (aspectos animais, vegetais e humanos), nas relações de poder internacionais entre os estados e entre estado e sociedade. Por isso, trata-se do envolvimento estatal em questões ambientais do espaço - como as relações entre todas as formas de vida (inclusive o Estado, como criação da vida humana fazendo parte da Pirâmide Ecológica) e o ambiente, o estudo populacional (para que se propicie melhores condições de vida), a análise dos ciclos biogeoquímicos da natureza e a conscientização da sociedade com as problemáticas da expansão urbana e da agropecuária ofensivos ao funcionamento dos Ecossistemas no espaço (perspectiva geográfico-ecológica) e no tempo (perspectiva histórica natural-geológica).
As teorias geopolíticas clássicas pensavam o Estado como um organismo territorial, sendo que essa comparação do Estado com um organismo foi proposta pelo geógrafo Friedrich Ratzel em seu livro Geografia Política.
Mas é importante destacar que esse autor usava a palavra organismo não como metáfora biológica, e sim no sentido que o pensamento romântico dava a esse termo, isto é, como uma unidade indissociável entre diversos elementos naturais e humanos.
Para Ratzel, o Estado agia como organismo territorial porque mobilizava a sociedade para um objetivo comum, que era a defesa territorial, e implementava uma série de políticas visando garantir a coesão da sociedade e do território, unindo o povo ao solo.[2] Nesse sentido, a geografia política e a geopolítica utilizam os conhecimentos da Geografia Física e da Geografia Humana, interrelacionadas com a Ecologia, para orientar a ação política do Estado.
Para José W. Vesentini:
“
A palavra geopolítica não é uma simples contração de geografia política, como pensam alguns, mas sim algo que diz respeito às disputas de poder no espaço mundial e que, como a noção de PODER já o diz (poder implica dominação, via Estado ou não, em relações de assimetria enfim, que podem ser culturais, sexuais, econômicas, repressivas e/ou militares, etc.), não é exclusivo da geografia.[3]
Para Bertha Becker:
“
A geopolítica sempre se caracterizou pela presença de pressões de todo tipo, intervenções no cenário internacional desde as mais brandas até guerras e conquistas de territórios. Inicialmente, essas ações tinham como sujeito fundamental o Estado, pois ele era entendido como a única fonte de poder, a única representação da política, e as disputas eram analisadas apenas entre os Estados. Hoje, esta geopolítica atua, sobretudo, por meio do poder de influir na tomada de decisão dos Estados sobre o uso do território, uma vez que a conquista de territórios e as colônias tornaram-se muito caras.[4]
Formação e consolidação
Antes da criação do termo geopolítica, este "campo de conhecimento" era abordado por diferentes disciplinas com ênfases distintas, como a Geografia, a Teoria Política, os Estudos estratégicos, e anteriormente, ainda, pelo que era chamado na antiguidade de "arte da guerra".
Este campo de conhecimentos se consolidou entre fins do século XIX e a primeira metade do século XX. Inicialmente os principais teóricos clássicos eram militares (Mahan, Haushofer) ou geógrafos (Ratzel, Mackinder).
Foi o jurista e cientista político sueco Rudolf Kjellén que utilizou o termo "geopolítica" pela primeira vez em 1905, sendo consolidado posteriormente pela publicação da "Zeitischrift für Geopolitik" "Revista de Geopolítica" alemã, organizada pelo general Karl Haushofer a partir de 1924.
Unidade 7 – Urbanização e Industrialização no Brasil - pág. 170 à 190
O processo de industrialização brasileiro é considerado tardio, quando comparado à industrialização dos países capitalistas centrais. Ela teve início somente no século XX, quase 200 anos depois da industrialização na Europa.
Foi somente na terceira fase da industrialização do Brasil que o governo e classe burguesa fizeram maciços investimentos no setor, adquirindo maquinários e melhorando o setor de transportes e energia, fator esse que tornou o país competitivo e apto para receber indústrias mundiais, integrando-se ao sistema capitalista global.
Atualmente, o país encontra-se totalmente industrializado, participando de todos os tipos de indústrias, com economia global forte e caminhando para uma independência tecnológica e econômica.
O Brasil faz parte do grupo de países que realizaram sua industrialização de forma tardia, no século XX, ou seja, bastante atrasada em relação aos pioneiros da industrialização, que iniciaram esse processo ainda no século XVIII.
Dentre os fatores que explicam essa situação, podemos considerar ofator histórico como sendo o mais influente, pois, na ocasião do início da industrialização, o Brasil era colônia de Portugal e estabeleceu durante o período colonial uma forte parceria comercial com a Inglaterra, que foi o primeiro país a se industrializar. Dessa forma, o Brasil passou a fornecer matéria-prima e produtos agropecuários para seu parceiro, que, na contramão do processo, industrializou-se fortemente ainda no século XVIII. Em 1785, porém, a colônia foi proibida de produzir produtos manufaturados, dessa forma, o que restou para o país foi continuar com a sua economia agropecuária.
Ao se industrializar, o que ocorreu somente na década de 1930, a indústria encontrava-se concentrada na Região Sudeste. Ela só foi descentralizada, indo para as demais regiões, na década de 1970 em diante.
Atualmente, o Brasil é um dos países mais industrializados do mundo, com economia global forte e intensa participação capitalista global. Desde a década de 1990 é visto como um dos melhores países para se investir e instalar indústrias do mundo.
Relação com a mão-de-obra abundante e barata e gigantesco potencial de produção (materia-prima) além de mercado consumidor amplo e diversificado.
Períodos do processo de industrialização no Brasil
Primeiro período
O primeiro período do processo de industrialização brasileira ocorreude 1500 a 1808. Nesse momento não se falava em indústria no país, pois o Brasil era colônia de Portugal. De certo modo, fazia-se restrição ao processo industrial, e a produção existente na época era tradicional, com uso da mão de obra.
Segundo período
O segundo período ocorreude1808 a 1930, quando houve a implantação de algumas indústrias no país. Essas indústrias deveriam seguir algumas regras, como o protecionismo econômico, instaurado em 1828, o qual determinava que todos os produtos vindos de fora do país, especialmente Inglaterra e Portugal, sofreriam um acréscimo de valor, em 15% e 16%, respectivamente, tarifa que dificultava a importação comercial e favorecia o desenvolvimento da indústria brasileira.
Mais tarde, em 1844, o valor da tarifa para produtos importados subiu para 60% e, nesse momento, foi criada a Lei Alves Branco. Dessa forma, investir no setor industrial era algo interessante e bem-visto pela classe burguesa do Brasil.
Naquele mesmo momento, observou-se um declínio da principal atividade econômica do país (aprodução cafeeira) e ocorreram fortes investimentos na produção industrial, isto é, em maquinários, transportes e portos no Brasil, favorecendo assim o avanço da industrialização brasileira. As primeiras indústrias do país estavam ligadas à extração mineral, produção de calçados, tecidos e alimentos.
Terceiro período
No terceiro período, que ocorreu de1930 a 1955, foram observados maciços investimentos no setor industrial, oriundos tanto de iniciativas privadas quanto do governo brasileiro, na tentativa de alavancar o setor. Foram realizados avanços no setor de transportes, com aberturas de ferrovias e rodovias. Observou-se também o desenvolvimento do setor energético no Brasil e de logística. Foi instalada a Companhia Siderúrgica Nacional, entre 1942 e 1947, que contribuiu para a oferta de matéria-prima para a indústria no país. Em 1953, foi criada a Petrobras, maior empresa estatal do setor energético petroleiro do Brasil.
O Brasil, nesse período, viu-se preparado para o amplo desenvolvimento industrial e para os maciços investimentos no setor. Diversas políticas públicas foram criadas para promover o desenvolvimento econômico nacional rumo a uma industrialização completa e eficiente.
Quarto período
O quarto período acontecedesde 1955 até os dias atuais. Foi marcado pelos projetos políticos instalados no governo do presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), que promoveu uma intensa abertura econômica do país para as empresas multinacionais, ampliando fortemente a abertura de novas empresas, dos mais variados tipos, incentivando o consumo, o consumismo e a competitividade tanto interna quanto externa.
O Brasil, a partir daí, pôde conhecer o mercado de consumo externo eintegrar-se aos processos de exportação e comércio global. Alguns setores industriais não sofreram tantos investimentos, como o de tecnologia de ponta, o que tornou o Brasil um país dependente econômica e tecnologicamente de outras economias globais.
Na década de 1990, o país experimentou umforte crescimento econômico industrial, o que resultou no aumento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e gradativo aumento da qualidade de vida da população, bem como aumento do consumo. Esse fenômeno perdura até a atualidade, colocando o Brasil entre as maiores potências econômicas.
Mas a desigualdade social revela que grande parate da população não tem acesso a esse desenvolvimento e seus bons efeitos...
Atualmente o país vive um forte crescimento e desenvolvimento industrial, motivado e influenciado pelo capital externo e pelas multinacionais instaladas em nosso território. Há um forte desenvolvimento industrial nos diversos tipos de indústrias, desde a indústria de base até as indústrias de alta tecnologia.
O Brasil é dependente economicamente de outros países, para quem destina sua produção, seja ela industrial, seja agroindustrial, e também depende das tecnologias produzidas por países desenvolvidos, o que denota uma fragilidade na economia nacional, pois faltam investimentos em pesquisa e educação, o que poderia ampliar a produção na área tecnológica e diminuir essa dependência.
Os desafios que o país enfrenta na atualidade giram em torno de questões como minimizar a dependência de outras economias e implementar planos governamentais e projetos que viabilizem a produção de ciência e tecnologia para promover o desenvolvimento industrial.
O Brasil conta com parques industriais sofisticados e competitivos, de maneira descentralizada em todo o território, com produção de bens de base, intermediários e de ponta. Setores como o farmacêutico, automobilístico, eletroeletrônico, energético, têxtil, alimentício, entre outros, são destaques na nossa produção, bem como o agroindustrial.
Porém muitas dessas industrias exploram o potencial local para evio de divisas aos seus países de orígem.
Resumo
De 1500 a 1808: ausência de atividade industrial, economia brasileira era primária.
De 1808 a 1930: surgem as primeiras atividades industriais com protecionismo econômico.
1844: criação da Lei Alves Branco.
1930: investimentos políticos no setor industrial e privado, com melhorias do setor de transportes.
1942 a 1947: implantação da Companhia Siderúrgica Nacional.
1953: criação da Petrobras.
Década de 1950: implantação de projetos políticos de JK e abertura econômica do Brasil.
1990: elevação do PIB.
Século XXI: crescimento e desenvolvimento industrial. (mas não livrou-se da dependência tecnológica e de produção científica; tampouco dos investimentos externos; é uma espécie de venda dos brasileiros, da sua força de trabalho e do espaço nacional, seus recursos e potencial à inicitiva multinacinal - excravização branca em nome do desenvolvimento desigual e excludente).
Questão 1 - (IFMT) Sobre a indústria brasileira, sua concentração e desconcentração espacial, a alternativa correta é:
A) A industrialização brasileira foi tardia, ao longo do século XIX, concentrando-se na região Sudeste do Brasil, reproduzindo as desigualdades regionais sociais e econômicas.
B) No governo de Getúlio Vargas, no período do Estado Novo, a preocupação estatal foi com a indústria de base, com enfoque na produção de energia e setor de transportes; já no governo de Juscelino Kubitschek, o setor automobilístico teve a atenção maior.
C) A industrialização como substituição de importações, com capital estatal abundante e mão de obra barata, acontece no Brasil através da indústria de bens de consumo duráveis e com destaque para o setor têxtil e produção de alimentos.
D) A partir de 1950, como parte do planejamento estatal do governo federal, inicia-se a desconcentração industrial, acentuada depois de 1990, pela crescente abertura econômica e desenvolvimento técnico-científico.
E) Com a desconcentração industrial, o Sudeste brasileiro, principalmente São Paulo, passou por grandes mudanças espaciais e sociais, deixando de ser a área de maior concentração industrial, posto ocupado hoje pelo Nordeste brasileiro.
Resolução
Alternativa B. Tanto o Governo Vargas como o Governo JK tiveram uma preocupação política com a industrialização brasileira, promovendo investimentos no setor.
Questão 2 - (Ufam) O período comumente denominado de “anos dourados” marcou uma etapa da recente história brasileira associada ao desenvolvimentismo (abertura de rodovias, expansão da rede hidrelétrica, implantação da indústria automobilística, descentralização da capital) e à atmosfera cultural marcada pelo surgimento da Bossa Nova. A que governo tal período está associado:
A) Juscelino Kubitschek
B) João Goulart
C) Getúlio Vargas
D) Eurico Gaspar Dutra
E) Jânio da Silva Quadros
Resolução
Alternativa A. Foi o Governo JK que realizou os projetos e investimentos na indústria em relação à abertura de rodovias, expansão da rede hidrelétrica, implantação da indústria automobilística, além da transferência da capital do Brasil (do Rio de Janeiro para Brasília – DF).
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/a-industrializacao-brasileira.htm Acesso em 07/10/2020 às 14:00.
Urbanização Brasileira
As raízes da urbanização brasileira são decorrentes da história, os primeiros centros urbanos surgiram no século XVI, ao longo do litoral em razão da produção do açúcar, nos séculos XVII e XVIII, a descoberta de ouro fez surgir vários núcleos urbanos e no século XIX a produção de café foi importante no processo de urbanização, em 1872 a população urbana era restrita a 6% do total de habitantes.
Posteriormente, no início de século XX, a indústria foi um instrumento de povoamento, a partir da década de 1930, o país começou a industrializar-se, como o trabalho no campo era duro e a mecanização já provocava perda de postos de trabalho, grande parte dos trabalhadores rurais foram atraídos para as cidades com intuito de trabalhar no mercado industrial que crescia. Esse êxodo rural elevou de forma significativa o número de pessoas nos centros urbanos. Atualmente 80% da população brasileira vive nas cidades, apesar disso o Brasil é um país urbano, industrial e agrícola.
Ao longo das décadas a população brasileira cresceu de forma significativa, ao passo desse crescimento as cidades também tiveram sua aceleração em relação ao tamanho, formando imensas malhas urbanas, ligando uma cidade a outra e criando as regiões metropolitanas (agrupamento de duas ou mais cidades).
O crescimento desenfreado dos centros urbanos provoca conseqüências, como o trabalho informal e o desemprego decorrente de sucessivas crises econômicas. Outro problema muito grave provocado pela urbanização sem planejamento é a marginalização dos excluídos que habitam áreas sem infra-estrutura (saneamento, água tratada, pavimentação, iluminação, policiamento, escolas e etc.) e junto a isso a criminalidade (tráfico de drogas, prostituição, seqüestros etc.).
A falta de um plano diretor não só demanda problemas sociais como também provoca alterações ambientais, um exemplo dessa realidade é a poluição do lixo, milhões de pessoas consomem e produzem os mais diversos detritos que diariamente são depositados em lixões a céu aberto sem receber nenhum tratamento, esse lixo transmite doenças, polui o lençol freático.
Outra poluição presente nas cidades é a atmosférica, proveniente da emissão de gases de automóveis e indústrias, esses gases provocam problemas de saúde, principalmente respiratórios e, por fim, a poluição das águas, pois os dejetos das residências e indústrias são lançados sem tratamento nos córregos e rios, no período chuvoso ocorrem as cheias que dispersam a poluição por toda a área.
Em suma, percebe-se que a maioria dos problemas urbanos é primeiramente de responsabilidade do poder público que muitas vezes são omissos em relação a essas questões, em outros momentos podemos apontar a própria população como geradora de problemas, como o lixo que é lançado em áreas impróprias. Na verdade, a tarefa de fazer com que a cidade seja um lugar bom pra se viver é de todos os que nela habitam.
Características das Primeiras Cidades do Brasil
Publicado por: Eduardo de Freitas
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/urbanizacao-brasileira.htm Acesso em 07/10/2020 às 14:30.
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