quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Geografia – 3º ano 2020 – 3ª Atividade – 2º Período 2020

 EEM Adauto Bezerra de Barbalha

 Geografia   3º ano “I”


Atividade Avaliativa (prazo de entrega 26/08/2020)

Obs.: clique sobre o título para acessar.


 Unidade 5 – As potências econômicas - pág.  114 à 136


POTÊNCIA  ECONÔMICA  E  PAÍS  DESENVOLVIDO




Após a segunda Guerra Mundial, ocorreram transformações na maneira de encarar os chamados países economicamente atrasados. Antes, predominava a ideia de que alguns deles iriam progredir espontaneamente, graças ao adequado aproveitamento, via mercado, de suas vocações naturais e vantagens comparativas.

Depois, a partir de 1946, ganhou força a convicção de que a fuga da condição de “atrasado” ou “pobre” exigia reformas estruturais, deflagradas via iniciativa estatal. Esse seria o caminho que conduziria à industrialização e a profundas e velozes melhorias nos indicadores econômicos e sociais. O processo que atendesse a tais requisitos passou a ser denominado como “desenvolvimento”.

Distinguiu-se então a diferença entre crescimento, onde há aumento da renda per capita sem alterações relevantes no seio da sociedade, e desenvolvimento, onde o incremento da renda per capita é acompanhado por amplas mudanças favoráveis nos indicadores. Logo em seguida, o debate desenvolvimento x crescimento foi sepultado, abatido pelo consenso de que o que interessa é o desenvolvimento. Porém, o atual comportamento dos países emergentes e do resto do mundo revela que esse debate pode ressuscitar ou evoluir em outras direções.

Tal comportamento consiste em nova mudança na maneira de avaliar a trajetória dos emergentes, mas que contém o sabor de retrocesso. Ao longo dos últimos anos, o anseio por desenvolvimento vem sendo substituído pela ambição de construir uma potência econômica. Sob esse prisma, o mais importante tornou-se brilhar no cenário internacional através do tamanho absoluto do PIB, menosprezando-se os acontecimentos na qualidade de vida da população.

Em tal contexto, os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) tornaram-se vedetes planetárias, tidos como portadores dos predicados suficientes para se tornarem formidáveis potências econômicas. Observa-se tendência de predominar o contentamento com o único fato de a capacidade de produção estar aumentando em ritmo elevado. Espalha-se o conformismo em batalhar apenas pela grandiosidade do aparato produtivo. Esmorece a consciência a respeito das diferenças entre desenvolvimento e crescimento.

Afinal, qual é a vantagem, por si só, em figurar entre as maiores economias do mundo? Evidentemente, essa vantagem só existe quando a relação PIB/população resultar em renda per capita elevada e bem distribuída socialmente. Isto é, se o nível de consumo for alto, sem discrepâncias extremas entre as classes sociais. Um quadro com esse aspecto transparece também através de outros indicadores que detalham as condições de vida.

Nesse sentido, percebe-se a dimensão e complexidade do esforço que os BRIC precisarão enfrentar para, além de se enquadrarem no molde de potências econômicas, serem admitidos no clube dos realmente desenvolvidos, de acordo com o conceito teórico ainda vigente. Vale lembrar que o título de potência pode estar encobrindo uma série de perversidades, até mesmo o uso de mão de obra escrava e a vigência de inúmeras formas de opressão.

Ao longo do século XX, os Estados Unidos tornaram-se o melhor exemplo de nação que atingiu, concomitantemente, a condição de desenvolvido e de potência econômica, além de adquirir gigantesco poderio militar. Porém, isso não significa que destino semelhante esteja reservado a todos os BRIC, mesmo se lograrem assumir a feição de potência. Por exemplo: no caso da Índia, por mais que sua economia aumente de porte, são remotas as chances de haver substancial redução em seus enraizados desequilíbrios sociais e regionais e de rompimento de estratificações de várias naturezas.

As possibilidades do Brasil são maiores, por ser uma nação jovem, com população menos gigantesca, não engessada por hábitos e tabus semi-medievais, com maior mobilidade social e detentora do elevado índice de urbanização de 86,1%. Porém, nosso país corre o risco de satisfazer-se com a honra de subir ao pódio das economias de maior porte, acomodando-se à realidade de abrigar contrastes acentuados que regridem lentamente, ou de forma vulnerável.

Uma hipótese, que não convém ser descartada, é a de que o conceito pós guerra de desenvolvimento esteja ultrapassado, ou ainda é utópico. E aceitar que cada país tenha seus próprios parâmetros para medir o grau de satisfação da sociedade ante os avanços atingidos, independente dos indicadores universais de desenvolvimento. Em alguns países, a imposição desses indicadores poderia até mesmo ser vista como agressão às suas tradições.

Em sintonia com essa hipótese, cada nação determinaria um conjunto peculiar de objetivos máximos e seguiria seu próprio caminho em direção a eles. Nesse caso, teríamos que nos conformar com o ostracismo da maior parte dos símbolos de desenvolvimento concebidos no pós-guerra e, assim, conviver com a heterogeneidade profunda entre os perfis sociais, econômicos, políticos e culturais das nações tidas como bem sucedidas.

Uma grande potência é uma nação ou o estado que, pela sua grande força econômicapolítica e militar, é capaz de exercer o poder por cima da diplomacia mundial. As suas opiniões são fortemente consideradas por outras nações antes de empreender uma ação diplomática ou militar. Caracteristicamente, eles têm a capacidade de intervir militarmente em quase qualquer lugar, e eles também têm o poder suave, cultural, muitas vezes na forma de investimento econômico em porções menos desenvolvidas do mundo.

Há um grande debate quanto a quais nações constituem as grandes potências do mundo. Basicamente a pergunta foi respondida pelo recurso "ao bom senso". Isto levou a muita análise subjetiva, com pouco acordo em uma lista definitiva. Uma segunda aproximação que foi tomada, foi uma tentativa de desenvolver uma noção conceitual de grandes potências — critérios derivam-se, que então podem ser aplicados em um exame histórico para identificar aqueles países que têm, ou tiveram, esta posição.


As 10 maiores potências mundiais da atualidade


As maiores potências mundiais destacam-se pela sua força económica, política e militar. Em outubro de 2018, o FMI divulgou os dados referentes à riqueza de cada país e o ranking das maiores potências mundiais da atualidade, com base no PIB. O estudo tem, também, projeções de crescimento até ao ano 2023. Estas são as nações mais ricas do mundo:

1 - Estados Unidos da América

Os Estados Unidos da América concentram 1/4 da riqueza mundial. Com uma avaliação de 18,8 biliões de euros, acumulam mais riqueza do que a soma das riquezas do 4.º ao 10.º classificado deste ranking. No entanto, prevê-se que em 2050 a China e a Índia ultrapassem os Estados Unidos da América.

2 - China

A China é a nação das invenções. Tem vindo a apostar no desenvolvimento tecnológico e na exportação, tornando-se no maior produtor mundial de alimentos. Também privilegiou a construção de infraestruturas e na modernização do país. É, ainda, a potência que domina o comércio online. A sua riqueza está avaliada em 12,41 biliões de euros.

3 - Japão

Com 4,35 biliões de euros, o Japão apresenta a terceira melhor economia do mundo. A sua população possui um alto padrão de vida, enquanto o país prima pelo desenvolvimento industrial e tecnológico. Num futuro próximo, prevê-se que o Japão perca a sua posição no pódio das maiores potências mundiais, dando lugar à Índia, à Indonésia ou ao Brasil.

4 - Alemanha

A nível europeu, a Alemanha é o país mais rico. Juntamente com a França, a Alemanha assume uma grande papel na liderança da União Europeia. A sua riqueza está avaliada em 3,61 biliões de euros.

5 - Índia

Tal como a China, a Índia é uma nação com muita população e com muito poderio militar. Está em franco crescimento económico, sendo previsível que ultrapasse os Estados Unidos da América até 2050. O PIB da Índia é 2,59 biliões de euros.

6 - França

A nível europeu, logo atrás da Alemanha encontramos a França. O país tem uma pesada influência política no continente europeu, apresentado um alto número de grandes multinacionais. O PIB da França é 2,49 biliões de euros.

7 - Reino Unido

A terceira maior economia da Europa é o Reino Unido, com um PIB 2,46 biliões de euros. Juntando quatro países (Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales), o Reino Unido tem sido uma potência importante no palco mundial, com muita influência económica, política, militar e cultural. Esta situação poderá alterar-se, dependendo de qual seja o desfecho do Brexit.

8 - Itália

A Itália já não apresenta uma economia tão forte como no passado, mas ainda consegue ser a quarta melhor economia da Europa e a oitava do mundo. A riqueza da Itália está avaliada em 1,85 biliões de euros.

9 - Brasil

O PIB do Brasil é 1,69 biliões de euros. Num futuro próximo, é expectável que venha a ocupar o top 5 da lista das maiores potências mundiais, juntamente com a China, Índia, Estados Unidos da América e Indonésia.

10 - Canadá

O Canadá é a décima maior economia mundial e o segundo maior país do mundo a nível de área total. É considerado um dos países mais desenvolvidos do mundo e um dos países com as melhores condições de trabalho e de vida. Tem um PIB de 1,59 biliões de euros.


A Economia da Europa – liberatot91jjil2015




G7 - AS SETE MAIORES POTÊNCIAS MUNDIAIS DA ATUALIDADE - Trabalhos ...




POTÊNCIAS ECONÔMICAS E PRÁTICAS TERRITORIAIS DO CAPITAL - ppt ...





APRESENTAÇÃO 


AULA NO MEET RETORNO SEGUNDO SEMESTRE 2020



Posteriormente acrescentarei a atividade/questionário. Fique atento(a)! Avisarei.

Bons estudos!

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Geografia – 2º ano 2020 – 3ª Atividade – 2º Período 2020

   

Atividade Avaliativa (prazo de entrega 26/08/2020)

Obs.: clique sobre o título para acessar.


Unidade 5 – População brasileira - pág.  120 à 140




Atualmente, o Brasil possui a quinta maior população do mundo, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país atingiu em 2010, 190.755.799 habitantes, apresentando uma concentração populacional inferior apenas a dos referidos países: China (1,3 bilhão), Índia (1,2 bilhão), Estados Unidos (317,6 milhões) e Indonésia (232,5 milhões). A divisão da população brasileira conforme o sexo é a seguinte: mulheres (51%), homens (49%). As mulheres também são a maioria nas universidades – 57%.

A taxa de crescimento demográfico do Brasil está em constante processo de declínio. Esse fato é consequência do planejamento familiar, e, principalmente, da redução da taxa de fecundidade (número de filhos gerados por cada mulher). Conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) em 2008, a taxa de fecundidade da mulher brasileira é de 1,89.

Apesar de ser um país populoso (população absoluta), o Brasil é pouco povoado (população relativa), pois sua densidade demográfica é de apenas 22,4 habitantes por quilômetro quadrado. Seu território é habitado de forma extremamente desigual – São Paulo é o estado mais populoso, com 41.262.199 habitantes, enquanto Roraima, estado menos populoso, possui 450.479 habitantes. A ocupação populacional nas diferentes Regiões comprova essa concentração desigual no território brasileiro.

Nordeste – 53.081.950 habitantes, densidade demográfica de 34,2 hab./ km².
Norte – 15.864.454 habitantes, densidade demográfica de 4,1 hab./ km².
Sul – 27.386.891 habitantes, densidade demográfica de 47,5 hab./ km².
Sudeste – 80.364.410 habitantes, densidade demográfica de 87 hab./ km².
Centro-Oeste – 14.058.094 habitantes, densidade demográfica de 8,7 hab./ km².

Portanto, a Região Sudeste é a mais populosa e mais povoada do Brasil, com destaque para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Há quatro décadas, o Sudeste caracteriza-se como tal.

A expectativa de vida do brasileiro está crescendo a cada ano, fator resultante de melhorias nas condições de vida e saúde no país. Conforme pesquisa realizada pelo IBGE, a população do Brasil vive em média 72,8 anos. Atualmente, o país ocupa o 80° lugar no ranking mundial da expectativa de vida da Organização das Nações Unidas (ONU).

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro também está ampliando a cada ano, de acordo com o relatório mais recente, divulgado em 2010, o Brasil possui média de 0,699, ocupando a 73° posição no ranking mundial, composto por 169 países.

A taxa de mortalidade infantil é outro índice social que tem apresentado melhorias. Conforme dados de 2009, publicados pelo o IBGE, a taxa de mortalidade infantil no Brasil passou de 33,5 crianças mortas por mil nascidas vivas, para 22, entre 1998 e 2009. Entretanto, o país tem muito a melhorar, especialmente em relação à desigualdade social, à saúde, educação, distribuição de renda, segurança, entre outros fatores.






Imigração para o Brasil nos séculos XIX e XX


A ideia de trazer braços europeus para mover o país já aparece no século XVIII quando Marquês de Pombal mandou alguns patrícios de Açores. Alguns anos depois, D João VI inicia a política de importação de mão-de-obra livre, autorizando em 1818, o estabelecimento de uma colônia de católicos suíços que promoveram a fundação de Nova Friburgo.

Foi, porém, na virada do século XIX para o século XX que ocorreu o ápice do fluxo migratório (maior fluxo imigratório já vivido pelo país). Isto se deu por uma conjunção de fatores internos e externos. A Europa vivenciava os desdobramentos da Revolução Industrial e suas consequências como: dispensa de mão-de-obra; explosão demográfica; facilitação dos meios de transporte e comunicação; agitações políticas. O Brasil, por outro lado, estava no auge da expansão da lavoura cafeeira no Sudeste.

No período imperial, parte do imigrantes formaram núcleos coloniais. Surgem novos núcleos como os alemães de Blumenau, Joinville, Santo Ângelo e São Lourenço. Os Italianos fundaram Bento Gonçalves, Caxias e Garibaldi. Na nova república os antigos barões do café estavam no poder e a imigração subvencionada pelo Estado voltou-se, quase que exclusivamente, para a grande lavora. Vencia, assim, o projeto de substituição da mão-de-obra escrava pela livre. Livre, mas com ressalvas: dependência às fazendas.

Embora tenha ocorrido a predominância de imigrantes no meio rural, alguns imigrantes foram parar nas grandes cidades ajudando a formar o operariado brasileiro, atuando em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo (90% dos trabalhadores industriais de São Paulo em 1901). Os centros urbanos, embora oferecessem precárias condições de sobrevivência no início do séc. XX, eram preferidos em relação às lavouras, principalmente por causa da mobilidade. Para os estrangeiros, a cidade era o lugar da oportunidade.

Fazendo o Brasil nas lavouras, fábricas, comércio e nas artes, milhares de homens e mulheres aprenderam a ser brasileiros, mas também de alguma forma se tornaram, por conta da saudade e do apego às tradições (ancestrais ou inventadas), mais italianos, portugueses, libaneses, espanhóis, japoneses.

Políticas de imigração

As políticas de imigração que se iniciaram no século XIX e que se mantiveram em certo grau no século XX relacionam-se diretamente com o projeto de ocupar as áreas fronteiriças do território brasileiro, como as localizadas ao sul e também com a crescente demanda de mão-de-obra na lavoura cafeeira. Por meio de debates governamentais e em obras ensaísticas e literárias, percebe-se a consolidação do branco como prioridade na escolha do tipo de indivíduo que era desejado e aceito na sociedade daquela época.

Inicialmente não era qualquer branco. Era o branco católico. Porém a questão religiosa foi paulatinamente deixada de lado, enquanto a racial permaneceu como elemento importante na escolha de quem seria estimulado a ingressar em território brasileiro. Embora chineses e africanos livres também tenham imigrado para o Brasil, as ideias intimamente ligadas a uma espécie de Evolucionismo Social se mantiveram forte.

O Evolucionismo/Darwinismo social propunha uma análise da sociedade e diversidade humana através das descobertas de Charles Darwin no campo da biologia. Acreditava-se assim que a sociedade humana se desenvolveu em estágios sucessivos e obrigatórios, numa trajetória unilinear e ascendente com a necessidade de todos os grupos humanos de atravessar as mesmas etapas de desenvolvimento. A partir disso classificava-se e julgava-se os povos se acordo com seu grau de evolução. Caberia aos povos mais evoluídos levar progresso aos mais primitivos. Esse pensamento justificou missões civilizatórias, políticas discriminatórias e constituiu o cerne para compreender o porquê da escolha do europeu como aquele que servia ao projeto de construção da nação brasileira. Ele seria o mais apto a construir uma nação branca, moderna e civilizada.

Embora tivesse certo consenso sobre quem deveria imigrar, não havia consenso sobre como imigrar, pois, as políticas imigrantistas eram sempre alvo de críticas e descontinuadas ao longo do tempo. Podemos apontar três formatos principais de política imigrantista:

  • Núcleos coloniais financiados e incentivados pelo governo que deveriam ser criados a partir da distribuição de lotes de terras para que os imigrantes fizessem uso da força de trabalho familiar;
  • Colônias de parceria que se dava através de iniciativas particulares, onde os imigrantes deveriam trabalhar na grande lavoura;
  • Subvenção de uma parte dos custos da vinda de imigrantes pelos governos para que diminuísse os gastos tanto dos colonos quanto dos fazendeiros. Esta solução foi adotada no período republicano no início do século XX com o financiamento através do governo federal.

De acordo com os historiadores, o incremento da política imigrantista ocorrida na segunda metade do século XIX relaciona-se diretamente com o processo de abolição da escravidão. Alguns apontam que um dos pontos cruciais para o estímulo do movimento abolicionista foi o interesse pela imigração. Alguns, ao contrário, veem a imigração como consequência do fim da escravidão. Emilia Viotti da Costa contemporiza essas interpretações apontando que a introdução de imigrantes nas áreas cafeicultoras se deu no momento que a interrupção do tráfico de escravos foi se tornando uma possibilidade real. Com isso, foi se formando um grupo que tinha interesse no estímulo da vinda de imigrantes que tinha como obstáculo, a permanência da escravidão.

A autora destaca ainda a diferença entre as regiões do Oeste Paulista e do Vale da Paraíba no que tange o estímulo à imigração e projeto abolicionista. Enquanto os fazendeiros do Vale da Paraíba, zona mais antiga de cafezal, estavam cheios de dívidas e encontravam dificuldade na atração de imigrantes, os cafeicultores do Oeste Paulista, zona mais nova, tinham mais recursos para investir em outras formas de mão-de obra. Assim, enquanto os primeiros se mostravam favoráveis a manutenção da escravidão, os demais eram simpáticos ao projeto imigrantista considerando a dificuldade de obtenção de mão-de-obra escrava.

Foram os conflitos e debates ocorridos ao longo do século XIX que possibilitaram a entrada maciça de imigrantes, Sergio Buarque de Holanda faz a ressalva, porém, de que é um equívoco historiográfico a atribuição da grande lavoura a um domínio imperial já que foi apenas durante a República Velha (1889-1930) que o Estado assumiu grande parte da subvenção do translados de imigrantes para as lavouras.

Leia também:

Bibliografia:

Vainfas, Ronaldo (organizador) . Dicionário do Brasil imperial (1822-1889) / Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

Revista Nossa História Ano 2/n°24 Editora Vera Cruz.


Fonte: https://www.infoescola.com/historia/imigracao-para-o-brasil-nos-seculos-xix-e-xx/ acesso em 11 de agosto de 2020.




APRESENTAÇÃO 


AULA NO MEET RETORNO SEGUNDO SEMESTRE 2020





Posteriormente acrescentarei a atividade/questionário. Fique atento(a)! Avisarei.

Bons estudos!





Geografia – 1º ano 2020 – 3ª Atividade – 2º Período 2020

EEM Adauto Bezerra de Barbalha

 1º ano (F, G, K)


Atividade Avaliativa (prazo de entrega 26/08/2020)

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 ·       Unidade 5 – Estruturas geológicas e o relevo terrestre - pág.  108 a 126

estrutura geológica é a classificação da litosfera terrestre conforme as suas diferentes origens e as composições de suas rochas. Assim, todo o relevo terrestre foi dividido a partir de seus três principais tipos. Observe o mapa abaixo:

Podemos perceber, com a correta leitura do mapa, que existem três tipos principais de estruturas geológicas: os crátons, as bacias sedimentares e os dobramentos modernos (clique nos nomes para conhecer detalhadamente cada uma dessas formas).

Os crátons, também conhecidos como escudos cristalinos ou maciços antigos (na verdade, esses nomes representam um de seus subtipos), são formações geológicas consideradas antigas, formadas nas primeiras eras geológicas do planeta, durante a sua formação. São compostos por rochas ígneas, ou magmáticas, e metamórficas, apresentando uma elevada quantidade de grandezas minerais (como o ouro, o ferro, o alumínio e muitos outros). São áreas geologicamente estáveis, ou seja, com poucos terremotos e vulcanismos, costumando dar origens a regiões de planaltos.

As bacias sedimentares são composições rochosas formadas a partir de extensas e inúmeras camadas de rochas sedimentares, que surgiram a partir da deposição de sedimentos ao longo das eras. São as mais extensas das estruturas geológicas, recobrindo cerca de 70% do relevo terrestre. São importantes por apresentarem, dependendo das condições locais, uma grande quantidade de fósseis e até petróleo.

Por fim, os dobramentos modernos, também chamados de cadeias orogênicas, são formações geológicas consideradas recentes, cujo início ocorreu na era Cenozoica, no período Terciário (há cerca de 250 milhões de anos). São resultantes das ações do tectonismo, geralmente do choque ou conflito entre duas placas tectônicas. Essas formações são originárias das grandes cadeias de montanhas da Terra, como a Cordilheiras dos Andes (América do Sul) e a Cordilheira do Himalaia (Ásia), onde se encontra a montanha mais elevada do planeta, o Everest.



Formas de relevo


Relevo corresponde às diferentes formas da superfície terrestre ou litosfera. Há variadas formas de relevo: com menor ou maior altitude, com formas planas, acidentadas, côncavas ou íngremes. Os distintos formatos presentes na crosta terrestre são resultado de agentes transformadores e modeladores do relevo.

Altitude é a distância vertical entre um ponto da superfície terrestre e o nível do mar. É diferente de altura que a distância entre a base e o topo do objeto em apreciação.

O que dá origem e o que modifica as formas de relevo?

São dois tipos de agentes:

  • Agentes endógenos ou internos – são ocasionados pela dinâmica interna do planeta Terra: movimentações tectônicas, abalos sísmicos e vulcanismo.
  • Agentes exógenos ou externos – são os agentes modeladores do relevo – provocam erosão, desgaste e acomodação por meio do intemperismo: precipitações como chuvas, neve e granizo, oscilações de temperatura e pressão atmosférica, o vento e os seres vivos, em especial os humanos.

Relevo continental

Algumas das diversas formas de relevo continental e outros aspectos do relevo. Ilustração: stihii / Shutterstock.com

Vejamos a seguir as principais formas do relevo das terras emersas de nosso planeta:

Planície

As planícies, são formas de relevo relativamente planas ou suavemente onduladas e que se localizam em baixas altitudes, ou seja, pouca acima do nível do mar. Têm em geral, origem sedimentar, recebem ou receberam grande quantidade de material erodido das áreas próximas, com altitude mais elevadas. São essencialmente áreas de deposição, onde os processos de erosão são menos significativos que os de sedimentação.

Quando a planície é formada pela deposição de sedimentos trazidos pelas águas dos rios, é chamada de planície fluvial. Já se as águas oceânicas são as responsáveis pelo processo de sedimentação, temos então a planície marítima ou planície costeira.

Planícies pelo mundo

  • Centro-americana, localizada na porção central dos Estados Unidos e Canadá;
  • Amazônica, situada na porção norte do Brasil, é um tipo de planície fluvial;
  • Grande Planície Europeia, situada na porção central da Europa, abrange a maior parte do continente;
  • Planície Siberiana, na Rússia;
  • Planície da Mesopotâmia, no Oriente Médio;
  • Nullarbor na Austrália;
  • Planície do Congo, no continente africano.

Planalto

Como o próprio nome indica, os planaltos são superfícies de relevo plano e mais alto que as planícies, com altitude, em média, superior a 300 metros em relação às áreas ao seu redor. Os limites dos planaltos são marcados por escarpas íngremes. O planalto é uma forma de relevo, ao contrário da planície, em que os processos de erosão superam os de deposição ou sedimentação. São áreas que fornecem significativa quantidade de sedimentos para as áreas com altitude inferior ao seu redor, como as planícies ou depressões.

Os planaltos apresentam formas variadas, como morros, serras, tabuleiros, chapadas e são formados por processos erosivos. Ou seja, foram um dia um relevo mais íngreme e pelos processos de intemperismo, como a chuva e o vento, tornaram-se relevos mais rebaixados que as montanhas e com topos mais aplainados.

Vejamos a seguir alguns dos maiores e mais importantes planaltos do mundo:

  • Planalto Brasileiro ou Planalto Central, abarca grande parte do território do Brasil.
  • Planalto do Tibete, no continente asiático, é o planalto com as maiores altitudes.
  • Planalto dos Grandes Lagos, na porção central do continente africano,
  • Planalto do Colorado nos Estados Unidos
  • Planalto da Sibéria Central, localizado no norte do continente asiático na Rússia.

Depressão

São porções do relevo que possuem altitude mais baixa do que as áreas no seu entorno. Desgastadas por processos erosivos, apresentam superfícies planas ou côncavas. Podemos classificar as depressões em dois tipos:

  • Depressão Relativa – região rebaixada em relação as áreas vizinhas que têm altitudes mais elevadas. No Brasil, como exemplo temos a depressão na região do Pantanal mato-grossense.
  • Depressão Absoluta – além de possuir as áreas mais rebaixadas em relação ao seu entorno, a depressão absoluta possui altitude inferior à do nível do mar. Uma depressão absoluta muito conhecida é a do Mar Morto.

Montanha

As cadeias montanhosas (sequência de montanhas) são as formas de relevo que apresentam as mais elevadas altitudes. Têm relevo acidentado, encostas íngremes e vales profundos.

Como surgem as montanhas?

As montanhas podem ter duas origens:

  • Tectônica – quando são fruto da colisão entre placas tectônicas, como no caso de dobramentos e falhamentos de origem tectônica (dobras ou rupturas que ocorrem em rochas de estrutura mais maleável provocadas pelos movimentos no interior da Terra)
  • Vulcânica – vulcões recentes ou extintos, pela sua própria dinâmica, constroem uma forma cônica que vai ganhando altitude a cada erupção solidificada. As paredes das montanhas vulcânicas são resultado da deposição do magma (rocha líquida) expelido pelo vulcão e posteriormente resfriado.

Em virtude de sua declividade acentuada, as montanhas sofrem mais intensamente o intemperismo provocado pela água e pelo vento. Assim passam a ser importantes fornecedoras de sedimentos para as áreas mais rebaixadas do seu entorno.

Cordilheiras e Montanhas pelo mundo

Cordilheira do Himalaia encontra-se no continente asiático, é uma área de intensa atividade tectônica. Lá estão situadas as maiores altitudes do planeta. Nesta cadeia de montanhas está situado o Monte Evereste, que conta com 8.848 metros de altitude e é o ponto mais elevado do planeta.

Na América do Sul, próxima ao litoral oriental, está situada a grande Cordilheira dos Andes. Muito extensa, a cordilheira passa pelos territórios da Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile e Argentina. Tem mais de 7000 km de extensão e o ponto mais elevado é o Monte Aconcágua, com 6962 metros de altitude.

No norte da América, temos as Montanhas Rochosas, que é uma cordilheira com mais de 4800 quilômetros de extensão e e entre 110 e 480 km de largura. Estende-se do Canadá até o extremo sul dos Estados Unidos. No estado americano do Colorado está o Monte Elbert, com 4.401 metros de altitude, é a maior montanha da cordilheira.

Cordilheira Australiana também chamada de Grande Cordilheira Divisória tem mais de 3500 km de extensão e localiza-se na costa leste da Austrália. Seu ponto culminante é o o Monte Kosciuszko, que conta com 2228 metros de altitude.

No continente africano, temos a Cordilheira do Atlas localizada na porção noroeste do continente, atravessa o Marrocos, a Argélia e a Tunísia em seus mais de 2400 km de extensão. O ponto culminante é montanha de Jbel Toubkal, com 4167 metros em território marroquino.

Os Alpes, que não são apenas suíços, estão localizados no continente europeu e se estendem pelos territórios da França, Suíça, Itália, Áustria, Alemanha, Liechtenstein e Eslovênia e Mônaco. Mont Blanc, com 4808 metros de altitude é o ponto mais elevado.

Relevo submarino

Ilustração com algumas das formas de relevo submarino e outros aspectos. Ilustração: stihii / Shutterstock.com

No fundo dos oceanos encontramos também formas de relevo semelhantes aos dos continentes, contudo, têm algumas características próprias.

Plataforma continental

plataforma continental é continuidade do continente submergida. É o prolongamento da planície costeira em direção ao fundo dos oceanos. A região apresenta declive suave em relação ao continente e permanece plana. É formada por rochas sedimentares e tem profundidade média de 200 metros. É nessa porção da crosta oceânica que ocorrem as pesquisas e a exploração de petróleo.

Talude

Porção do relevo submarino que se caracteriza por uma inclinação acentuada e estreita, que tem início aproximadamente em 200 metros de profundidade e mergulha abruptamente da borda oceânica até os 2000 metros, onde encontra o assoalho oceânico.

Zona Abissal ou Região Pelágica

É a porção mais profunda do modelado oceânico, onde são encontrados diversas formas de relevo como as fossas marinhas. Tem aproximadamente 8000 metros de profundidade e ainda é pouco conhecida, uma vez que em tal profundidade as condições de pressão, visibilidade e temperatura ainda são um limite para o ser humano.

Além dessas três grandes estruturas do relevo oceânico, também podemos encontrar outras formas de relevo na crosta submersa:

  • Montes Marinhos – são montanhas submarinas, isoladas que permanecem submersas.
  • Ilhas oceânicas – Forma de relevo que alcança a superfície criando ilhas. Em geral é formada por um vulcão ou mais vulcões que ao entrar em erupção seguidas vezes, foi ganhando altitude até alcançar a superfície. As ilhas havaianas, por exemplo, foram formadas por um processo como este.
  • Dorsal Mesoceânica – cadeias de montanhas localizadas no fundo dos oceanos. Constituídas por processos tectônicos, da mesma forma que as cadeias de montanhas continentais. Esse soerguimento do assoalho oceânico também pode formar ilhas, como as dos Açores em Portugal.
  • Bacia oceânica – 2000 a 5000 metros de profundidade. Relevo plano, suave e coberto de matéria orgânica e sedimentos.

Relevo litorâneo ou costeiro

O modelo do relevo do litoral também recebe uma nomenclatura específica, de acordo com sua fisionomia, origem e formação. Como podemos ver na imagem a seguir o relevo costeiro pode ser constituído por golfos, deltas, ilhas, baías, cabos, penínsulas, enseadas, ístmos, lagoas, dunasfiordes, rios e praias.

Algumas características do relevo costeiro ou litorânea. Ilustração: stihii / Shutterstock.com


Fonte: https://www.infoescola.com/geografia/formas-de-relevo/ acesso em 11 de agosto de 2020.

 


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Relevo Submarino

A superfície terrestre apresenta uma grande variedade de formas e irregularidades. Ao analisar o fundo dos oceanos também foi detectada uma diversidade de formas em sua composição.